França ratifica a entrada da Finlândia e Suécia na OTAN. O presidente francês Emmanuel Macron assinou no 13 de agosto os protocolos de ratificação para a adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN. O parlamento da França havia ratificado no início deste mês as propostas da Suécia e da Finlândia para se juntar à aliança militar.
“Esta escolha soberana da Finlândia e da Suécia, dois parceiros europeus, reforçará a sua segurança face à atual ameaça na sua vizinhança imediata e dará um contributo significativo, dadas as capacidades destes dois parceiros, para a postura colectiva e para a nossa Segurança europeia”, disse o Palácio do Eliseu em um anúncio no sábado, 13 de agosto.
Ambos os países nórdicos passaram pelo parlamento francês com apoio 209 deputados a favor da sua adesão e 46 contra. A França foi o 20º país cujo o parlamento ratificou a adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN. A assinatura foi uma mera formalidade, da aprovação em 28de julho.
Até o momento 23 país a ratificaram a entrada da Finlândia e da Suécia na OTAN. Entre os parceiros da OTAN que ainda tem que finalizar o processo de ratificação da adesão estão a República Checa, Grécia, Portugal, Eslováquia, Espanha, Hungria, e a Turquia, que fez exigências aos dois países em ascensão antes de permitir que o processo continuasse. É preciso 100% de concordância para que o ingresso seja confirmado.
Os dois países, há muito resistentes à adesão à OTAN, buscaram a adesão à Aliança depois que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia em agosto. Suas propostas da OTAN só foram aceitas depois que a Turquia suspendeu seu veto sobre sua adesão após a assinatura de um memorando trilateral em 28 de junho. Mas as autoridades turcas disseram que, se os dois países não cumprirem o acordo, Ancara ainda poderá bloquear suas propostas de adesão.
A Turquia se opôs às propostas de adesão da Finlândia e da Suécia devido ao seu apoio a grupos que apoiam os curdos em busca de autonomia. A Rússia também protestou contra as propostas da OTAN de dois países do norte da Europa, citando a expansão da Aliança como uma ameaça à pátria russa. Moscou descreveu os esforços liderados pelos EUA para expandir a OTAN como uma tentativa do Ocidente de aniquilar a Rússia. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse no início deste ano que Moscou vê a expansão da OTAN na Europa como uma ameaça e um fator desestabilizador.
“Consideramos a expansão da aliança do Atlântico Norte um fator puramente desestabilizador nos assuntos internacionais”.
Moscou advertiu repetidamente o Ocidente contra a invasão da Aliança em suas fronteiras ocidentais, prometendo tomar medidas retaliatórias apropriadas contra países que representam uma ameaça a ela.
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