China e Tailândia realizam o Exercício Falcon Strike 2022. A Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) participará de exercícios conjuntos com a Força Aérea Real Tailandesa (RTAF) a partir de amanha (14/08). O exercício “Falcon Strike 2022” ocorrerá pelos próximos 10 dias na Base Aérea de Udon Thani, sede da Ala 23 da RTAF.
O Falcon Strike tem como objetivo o aprimoramento da parceria militar entre a China e a Tailândia. De acordo com o Ministério da Defesa da China (MND), serão realizados treinamentos de apoio aéreo aproximado, assalto aeroterrestre e operação de força. A Força Aérea Chinesa enviará caças, destróieres e aeronaves de alerta antecipado.
Realizado anualmente desde 2015, a última edição ocorreu em 2019, também em Udon Thani, sendo suspenso nos últimos dois anos devido à pandemia de COVID-19.
De acordo com uma fonte ouvida pelo jornal tailandês Bangkok Post, a PLAAF enviará para o Falcon Strike 2022, seis caças J-10C/S, um caça-bombardeiro JH-7AI e uma aeronave de controle e alerta antecipado Shaanxi KJ-500. Enquanto a RTAF deverá utilizar cinco caças Saab Gripen, três aeronaves de ataque Alphajet e uma aeronave de alerta e controle SAAB 340 AEW.
O especialista em aviação militar chinesa, Fu Qianshao, disse ao portal Global Times que será a primeira vez que a China enviará um caça-bombardeiro JH-7A para participar do exercício conjunto com a Tailândia. O JH-7A tem um raio de combate de cerca de 1.500 quilômetros e é principalmente para realizar ataques ar-solo de longo alcance com capacidade de combate de autodefesa.
Como a Tailândia utiliza armas, equipamentos e métodos de treinamento ocidentais, esses exercícios ajudariam a China a ter uma melhor compreensão do desempenho dessas táticas. A participação do Shaanxi KJ-500 permitiria à RTAF ver de perto o papel das aeronaves de controle e alerta antecipado da China e sua capacidade de encontrar alvos aéreos a longa distância.
Considerando que tanto a marinha quanto o exército da Tailândia compraram armas e equipamentos chineses, vale a pena observar se a RTAF fortalecerá ainda mais sua cooperação com a China após este exercício, disse Fu. “A RTAF não comprou caças da China, mas até onde eu sei, eles ficaram muito impressionados com os caças J-10C/S da PLAAF durante o último exercício conjunto em 2019”, observou Fu.
China e Tailândia mantém boas relações, e diante da situação regional complexa e volátil, ambos tentam fortalecer a cooperação militar para lidar conjuntamente com os desafios. A retomada do Falcon Strike demonstra confiança mútua política e militar entre os dois países, afirmou o especialista militar chinês, Song Zhongping.
Fonte: Global Times
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