RAF realiza 1º REVO do A400M no Atlântico Sul. Uma aeronave de transporte Atlas C1 (A400M) do 30 Squadron da Royal Air Force (RAF) foi reabastecida em voo sobre o Atlântico Sul pela primeira vez. A operação de REVO foi realizada a partir de uma aeronave RAF Voyager KC3 (A330 MRTT) pertencendo ao destacamento sedado em Mount Pleasant, durante um voo para as Ilhas Falklands.
O Atlas foi levado da RAF Brize Norton (EGVN) para a Ilha da Ascensão (FHAW) em uma escala para seu destino: Mount Pleasant (EGYP) — Ilhas Falklands. Desde 2019 a RAF vem usando o Atlas C.1 no voos regulares de ressuprimento às Falklands, que normalmente fazem escala no Brasil, na ida volta de seu tour no Atlântico Sul. No voo desta semana o Atlas estava levando peças e suprimento para os Typoons FGR.4 que guarnecem as Falklands.
Esta semana, o voo de ressuprimento foi feito direto, sem escalas entre Ascensão e Mount Pleasant graças a uma sessão de REVO feita por um Voyager da RAF que havia decolado do Mount Pleasant Complex, a principal base militar nas Ilhas Falklands. Este KC.3 pertence ao 101 Squadron e opera fixo no Artântico Sul, como parte da 1312 Ftl em apoio aos Eurofighters Typhoon do 1435 Flt, que guarnecem as ilhas nos 365 dias do ano. Este tipo de missão – REVO do Ascensão a Falklands começou de fato a 40 anos durante a Guerra das Malvinas/Falklands contra a Argentina. Desde então a RAF efetivou este tipo missão em algumas ocasiões, geralmente em voos de ferry flights de caças, como o do translado dos Typoons e em missões de treinamento.
“Foi um privilégio fantástico fazer parte desta missão. Ser parte de qualquer ‘primeiro voo’ é um grande negócio e conseguir demonstrar o que podemos fazer com esta aeronave é o que importa”. Squadron Leader Spence — Atlas C.1 – 30 Squadron.
O reabastecimento ar-ar é uma das manobras mais difíceis que os pilotos realizam e exige intensa concentração de ambas as tripulações. A operação exige que o piloto da aeronave receptora mantenha uma formação próxima com a aeronave-tanque durante a atividade enquanto o combustível é transferido pelo Operador de Sistemas de Missão, voando no KC.3 Voyager. Neste voo foram repassados mais 20.900 kg de combustível ao Atlas, que voava a 900 milhas a sudoeste de Ascensão. Isto permitiu cumprir a etapa de mais 2900 milhas náuticas até o pouso em Mount Pleasant.
“Foi um grande privilégio realizar o primeiro reabastecimento operacional de um Atlas, após encontrá-los com sucesso a cerca de 900 milhas náuticas a sudoeste da Ilha de Ascensão e a 2600 milhas náuticas a nordeste de Mount Pleasant Airfield. A capacidade do Voyager de estender o alcance global de nossas aeronaves é notável”. Flight Lieutenant James — Capitão do KC.3 do 1312 Flt (101 — Sqn).
“Esta é a primeira vez que o Atlas é reabastecido operacionalmente e por qualquer membro da tripulação, o que proporcionou uma nova e emocionante oportunidade. Embora eu tenha reabastecido o Atlas no simulador, não havia comparação com as pressões operacionais de estar sobre o mar com mais de 900 milhas náuticas da terra mais próxima. Entregamos mais de 20 toneladas de combustível ao Atlas. Isso permitiu que membros do 30º Sqn levassem peças essenciais à força de Typhoons nas Falklands”. Sargento Juerschik – 101 Sqn.
“A execução do reabastecimento em voo de longo alcance pelas equipes da linha de frente é um marco importante para a Atlas C.1. A capacidade desta aeronave de operar a uma distância significativa do Reino Unido demonstra nossas capacidades de sustentação de força aprimoradas e resilientes. Este foi um esforço de toda a RAF, o que mostra o que podemos alcançar quando combinamos os pontos fortes de nossos ativos em toda a Força de Mobilidade Aérea. Estou orgulhoso e satisfeito em ver o 30 Sqn mais uma vez na vanguarda da mobilidade aérea verdadeiramente global”. Wing Commander Patton
Comandante do 30 Sqn.
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