Helicópteros Rooivalk da África do Sul em Moçambique. A África do Sul faz parte da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), que tem por objetivo combater os insurgentes extremistas Al Sunnah wa Jama’ah (ASWJ), alinhados ao ISIS, no norte daquele país. Além dos militares da África do Sul, compõem a SAMIM a Angola, Botswana, República Democrática do Congo (RDC), Lesoto, Malawi, Tanzânia e Zâmbia, que atuam ao lado das forças armadas de Moçambique.
Grandes corporações internacionais realizam atividades de extração de gás natural offshore nas águas costeiras ao norte de Moçambique, entretanto suas operações são afetadas pelos combates entre as forças da SAMIM e os rebeldes.
Inicialmente, a contribuição da África do Sul consistia no envio de forças especiais, que a foram posteriormente complementadas com unidades de infantaria, equipes médicas, engenharia e contra-IED. O SAMIM também tem uma componente naval, que inclui a fragata da Marinha Sul-Africana SAS Spioenkop.
Recentemente o General Rudzani Maphwanya, Comandante da Força de Defesa Nacional da África do Sul (CSANDF), falou sobre as atividades militares realizadas na província de Delgao, em Moçambique. Embora o SAMIM tenha ativos aéreos, como aeronaves de transporte, o General Maphwanya relutou em divulgar detalhes sobre as capacidades operacionais.
Questionado sobre o uso de helicópteros de ataque Rooivalk, o Oficial-General foi cauteloso na resposta: “Não estamos negando ou confirmando que estamos considerando implantar o Rooivalk ou qualquer outro helicóptero de ataque que a SADC como região possui”.
O General Maphwanya destacou que foram feitos pedidos de apoio aéreo às operações no terreno durante a operação em regiões de floresta densa em Cabo Delgado. O pedido veio após algumas perdas da SAMIM, incluindo um soldado sul-africano. Apesar dessas perdas, o SAMIM obteve sucesso significativo, inclusive com o resgate de mulheres, crianças e idosos feitos de reféns pela ASWJ, que tiveram suas bases destruídas, grande parte dos terroristas eliminados e armamentos confiscados.
Em 2013, a África do Sul enviou helicópteros de ataque Denel Rooivalk para a República Democrática do Congo (RDC), como parte da Brigada de Intervenção da Força MONUSCO (FIB) da missão de apoio à paz das Nações Unidas.
O helicóptero de ataque avançado “Rooivalk” (“Falcão Vermelho” em africâner) foi desenvolvido pela Atlas Aircraft Corporation (atual Denel Aviation) a partir de 1984, tendo como base o helicóptero de transporte Atlas Oryx. Durante a década de 1990, o projeto sofreu problemas orçamentários, causando grandes atrasos na sua produção.
A Força Aérea Sul-Africana (SAAF) encomendou 12 unidades, designados como Rooivalk Mk.1, entrando em serviço em abril de 2011 no 16 Squadron, sediado na Base Aérea de Bloemspruit, região de Bloemfontein. Conforme noticiamos no ano passado, a Denel apresentou um projeto para modernizar o Rooivalk, em um processo que está praticamente paralisado por questões orçamentárias.
Fonte: Times Aerospace
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