U-2 da USAF monitorou exercícios da China no Estreito de Taiwan. Enquanto as Forças Armadas da China realizavam seus grandes exercícios militares no entorno da Ilha de Taiwan, os Estados Unidos mantiveram constante monitoração das manobras. Um dos vetores utilizados foi o “avião-espião” de grande altitude Lockheed U-2S Dragon Lady, que sobrevoou a área do exercício.
Conforme publicações nas redes sociais, o U-2S matrícula 68-10336, foi rastreado pelos sites de monitoração de voos online decolando da Base Aérea de Osan, sul de Taiwan, nos dias 04 e 05 de agosto. As missões foram realizadas sobre áreas do Estreito de Taiwan e Mar da China Meridional, na altitude média padrão de 60.000 pés (20 km).
Especialmente nessa região do estreito de Taiwan, as Forças Armadas da China delimitaram algumas das seis áreas restritas que destinadas para suas manobras, inclusive com o lançamento de mísseis reais, fato que ocorreu.
Os voos de monitoração da China com os U-2 começaram no final dos anos 1950, durante a segunda crise do Estreito de Taiwan.Entre 1958 e 1974, os U-2 foram baseados em Taiwan e operados pelo 35th Squadron “Black Cat” da Força Aérea da República da China (RoCAF), com o objetivo de monitorar as capacidades nucleares da China continental. Neste período, cinco aeronaves foram abatidas sobre território chinês, com três tripulantes mortos e dois capturados.
Atualmente a USAF mantém baseados em Taiwan, três U-2S modernizados, que realizam missões de vigilância dos movimentos da China e da Coreia do Norte. Conforme noticiamos, em agosto de 2020 a China reclamou um “ato provocativo” de um U-2 da USAF, que teria invadido seu espaço aéreo sobre o Mar Amarelo, enquanto realizava exercício militares com tiro real.
Em resposta à recente visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi a Taipei, a qual Pequim considerou “provocativa”, entre 04/08 e 07/08 as Forças Armadas Chinesas realizaram um dos maiores exercícios militares dos últimos tempos, no entorno de Taiwan, inclusive utilizando armamentos reais. Essa atitude elevou as tensões na região, e tem preocupado a população civil que vive na Ilha, a qual o governo chinês chama de “rebelde” e considera parte do seu território.
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