Coreia do Norte pronta para a briga com os EUA. O líder norte-coreano, Kim Jong Un, alertou no dia 27 de julho que o seu país está “totalmente preparado” para qualquer eventual conflito militar com os Estados Unidos. A informação repassada pela estatal é o alerta é a mais recente do Governo de Pyongyang em meio as especulações que fará m breve realizará seu sétimo teste nuclear.
Kim, em um discurso que marca o aniversário do fim da Guerra da Coreia, também alertou que o governo da Coreia do Sul seria aniquilado se fizesse qualquer “tentativa perigosa”, segundo a Agência Central de Notícias da Coreia.
O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, um conservador que assumiu o cargo em maio, falou repetidamente da possibilidade de ataques preventivos, incluindo ataques contra a liderança norte-coreana, se a Coreia do Sul detectar sinais de um ataque iminente. Tal ação seria “imediatamente punida com força”, disse Kim, acrescentando que “o regime de Yoon Suk Yeol e seus militares serão aniquilados. Se o regime sul-coreano e seus gângsteres militares estão pensando em nos enfrentar militarmente e pensam que podem neutralizar ou destruir parte de nosso poder militar preventivamente com base em meios ou métodos militares específicos, eles estão enganados”, disse Kim.
Em seu discurso, Kim se gabou repetidamente das armas nucleares de seu país e indicou estar preparado para usá-las, se necessário. A Coreia do Norte, disse ele, “está totalmente preparada” para qualquer confronto militar com os Estados Unidos.
A Coreia do Norte testou um número sem precedentes de mísseis este ano. Pyongyang também aparentemente terminou os preparativos para outro teste nuclear, de acordo com autoridades norte-americanas e sul-coreanas. Em resposta, a Coreia do Sul expandiu a aliança militar de décadas de seu país com os Estados Unidos. Os dois países também adotaram demonstrações mais explícitas de poder militar na tentativa de deter o Norte com armas nucleares. No próximo mês, os Estados Unidos e a Coreia do Sul retomarão os exercícios militares de larga escala que estavam suspensos há anos, enquanto os dois países buscavam negociações com a Coreia do Norte.
Embora os dois aliados digam que os exercícios são de natureza defensiva, a Coreia do Norte vê os exercícios como preparativos para invasão e, tem muitas vezes os usado isto como ponto de partida para fazer ameaças ou provocações. Um exemplo disto veio no discurso do dia 27, quando Kim criticou o “comportamento violento” dos Estados Unidos. Enquanto ele descreveu os movimentos militares da Coreia do Norte como rotina, ele disse que os exercícios EUA-Coreia do Sul “ameaçam seriamente nossa segurança nacional”.
Em uma entrevista coletiva na quarta-feira em Seul, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Park Jin, chamou o desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte como as principais causas da tensão na península coreana. Park também alertou a Coreia do Norte contra a realização de outro teste nuclear, dizendo que tal medida provavelmente levaria a mais sanções internacionais contra o Norte. “A Coreia do Norte está em uma situação em que precisa pensar com cuidado”, disse ele.
Provavelmente será muito mais difícil para o Conselho de Segurança das Nações Unidas responder com sanções adicionais contra a Coreia do Norte. Rússia e China, ambos membros do Conselho de Segurança com poder de veto, pediram nos últimos meses que as sanções à Coreia do Norte fossem relaxadas, não ampliadas.
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