MiG-29 de Mianmar causa pânico em cidade tailandesa. Um jato da Força Aérea de Mianmar (MAF) invadiu o espaço aéreo da Tailândia durante uma missão de ataque ao solo na região de fronteira entre ambos países. A situação gerou pânico na população do distrito de Phop Phra, sudeste do país, e causou a evacuação crianças nas escolas locais. O fato ocorreu no dia 30/06, e levou o governo de Mianmar a apresentar um pedido formal de desculpas ao governo tailandês.
O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, disse que a Tailândia aceitou as explicações de Mianmar, e não irá “escalar o incidente”. Autoridades do distrito de Phop Phra, na província tailandesa de Tak, evacuaram aldeias e escolas na área. Os professores da Wale School levaram mais de 200 alunos do ensino fundamental e médio de suas salas de aula para edifícios fortificados dentro das dependências da escola por segurança.
O vídeo divulgado por agências de notícias e nas redes sociais mostram o que parece ser um MiG-29 da MAF voando sobre a aldeia tailandesa, antes de iniciar os disparos contra posições de guerrilheiros da etnia Karen, ao longo da fronteira, no lado de Mianmar. A Força Aérea Real Tailandesa (RTAF) enviou dois caças F-16 para a área da invasão, afim de guarnecer o espaço aéreo.
“Os nossos adidos militares e ministros de relações exteriores se reuniram para o pedido de desculpas. Trata-se de um grave incidente, e depende de nós escalar ou não. Atualmente nossos governos desfrutam de um bom relacionamento”, disse o Prayuth a repórteres, acrescentando que “o mais importante é que temos capacidade para defender nossa soberania.”
Autoridades militares tailandesas disseram que o jato de Mianmar estava fornecendo apoio aéreo para militares que estavam em uma operação terrestre a cerca um quilômetro da fronteira. O governo tailandês disse que mais de 500 pessoas cruzaram para o seu lado durante a operação em Mianmar.
Os combates entre as forças do governo de Mianmar e guerrilheiros étnicos Karen se estendem por décadas, e muitos deles se estabeleceram em áreas de fronteira. Os combates se intensificaram desde fevereiro de 2021, quando militares tomaram o poder do governo democraticamente eleito.
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