Luke AFB: o F-16D USAF 90-0778 — “MiG-25 Killer”. O 56th Equipment Maintenance Squadron (56th EMS) da Luke AFB, Arizona, apresentou em 17 de junho o Lockheed Martin F-16D Fighting Falcon USAF AF 90-0778, pintado em um esquema de cores “heritage” (herança) no hangar da 310th Air Maintenance Unit. Este jato em particular foi o primeiro F-16 americano a ter uma vitória em combate ar-ar.
“A aeronave antes de você ganhou o apelido de ‘MiG Killer’ como resultado dos eventos que ocorreram em 27 de dezembro de 1992.” disse o 1º Tenente James Mobbley, 56th EMS responsável, pela cerimônia de inauguração. “Neste dia, o Tenente-Coronel Gary ”Nordo” North, que estava voando neste F-16D AF 90-0778, liderou uma esquadrilha de quatro F-16 em uma missão de rotina da Operação Southern Watch no Iraque, que resultou em na primeira vitória ar-ar do F-16”.
O Lockheed Martin (fabricado na verdade pela General Dynamics) F-16D Block 42 matricula AF 90-0778 é uma aeronave bastante famosa: em 27 de dezembro de 1992, durante a Operação Southern Watch (OSW), liderava uma missão de patrulha usando o código-rádio “BENJI 41” pilotado pelo Cap. Gary “Nordo” North. Este Fighting Falcon biplace era atribuído ao 19th Fighter Squadron (19th FS), mas emprestado ao 33º FS a Base Aérea de Shaw — Carolina do Sul. A unidade na ocasião estava implantado em Dhahran, Arábia Saudita, da Base Aérea de Shaw em uma força expedicionária. Durante a patrulha de combate ele engajou e derrubou um Mikoyan-Gurevich MiG-25 “Foxbat E” iraquiano, que havia voado para o sul do paralelo 33, entrando na NFZ (No Fly Zone) aplicada após a Resolução 688 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, adotada em 5 de abril de 1991, isto é pós, Guerra do Golfo (Desert Storm). Foi a primeira vitória de um F-16 dos EUA em combate ar-ar, bem como a primeira alcançada usando um AIM-120 AMRAAM (Advanced Medium-Range Air-to-Air Missile).
O esquema de pintura para este jato foi realizado por 12 especialistas de manutenção e pintura, designados para o controle de corrosão na Luke AFB. O trabalho de pintura exigiu 1.500 horas-homem e mais de 13 galões de tinta. “O design foi inspirado no uniforme de camuflagem deserto usado pelo soldados durante a primeira Guerra do Golfo, e, também, em uma camuflagem experimental testada na época em um F-16”, disse o Sargento. Michael Cichonsky, 56th EMS.
A nova pintura na verdade deve ter sida baseada no padrão “chocolate chip cookie”, um tipo de esquema experimental de cores do deserto aplicado ao F-16C Block 25 AF84-1212 do 33º TFS (Tactical Fighter Squadron), da Shaw AFB, e implantado em Al Dhafra AB, Emirados Árabes Unidos em dezembro de 1990, durante a Operação Desert Shield.
Segundo algumas fontes, o F-16C voou com o esquema de cores experimental por apenas uma semana: a pintura do deserto dificultava a localização do jato, além de se assemelhar a usada pelos F-16 da Força Aérea de Israel, que não participou das Guerra do Golfo. Por essas razões, foi rapidamente descartada.
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