USAF e US Navy trabalham para manter os índices operacionais. Nos últimos anos, a USAF e a Marinha dos EUA (USN) trabalham fortemente para manter a operacionalidade de algumas aeronaves, em uma situação que está piorando. A informação foi divulgada no recente relatório de auditoria das contas públicas do congresso norte-americano.
O relatório foi criado em 2015, como resposta de um projeto do Congresso que orienta o Government Accountability Office (GAO) a avaliar as classificações de capacidade de missão de algumas frotas da USAF e USN, apontando como ambas abordaram esses riscos. Os auditores estudaram as classificações de capacidade de missão de oito frotas de aviões de combate diferentes: B-1B, C-5M, F-22 e KC-135 da USAF e C-130T, KC-130T, F/A-18E/F e P-8A da USN.
“As taxas de capacidade de missão – uma métrica usada para avaliar a saúde e a prontidão de uma frota de aeronaves – e outras tendências métricas de manutenção relacionadas pioraram desde o ano fiscal de 2015 para oito aeronaves selecionadas. Embora a USAF e a Marinha tenham iniciativas para enfrentar os desafios de manutenção em nível de unidade, nenhum dos serviços mitigou os riscos persistentes de sustentação de aeronaves de asa fixa”, informou o relatório do GAO, divulgado na semana passada.
O GAO caracteriza “capacidade de missão” como a porcentagem de tempo que uma aeronave é capaz de “voar e realizar pelo menos uma missão”. Enquanto isso, uma aeronave pode não ser capaz de realizar uma missão se não puder voar devido à espera pela manutenção necessária ou se a unidade não tiver uma peça de reposição necessária para seu reparo.
As classificações de capacidade de missão para todas as oito frotas diminuíram, sendo os caças F-22 e os reabastecedores KC-130T experimentando as piores quedas, com uma queda de 16,7% em relação a 2015. As frotas de F/A-18E/F (3,9%) e KC-135 (4,1%), embora ainda em declínio, tiveram as menores mudanças nas classificações de capacidade de missão.
Embora o GAO atribua aos serviços alguns passos para conter esta queda, como a implementação do Sistema de Sustentação Naval da Marinha, o órgão de vigilância descobriu que nenhum serviço concluiu as “revisões de sustentabilidade” dispostas na Lei de Defesa Nacional do ano-fiscal 2017.
Oficiais da USAF disseram ao GAO que os serviços ainda não iniciaram devido à ambiguidade na interpretação da lei inicialmente, mas que já iniciaram as avaliações após os devidos esclarecimentos obtidos em 2021. Por sua vez, a Marinha informou que começou a atender aos requisitos, e espera que as revisões do F/A-18E/F e P-8A sejam concluídas nos anos fiscais 22 e 23, respectivamente.
“Oficiais da USAF informaram que planejam trabalhar na implementação dos sistemas restantes até o final do ano fiscal de 2025. Os oficiais da Marinha relataram que esperam concluir as verificações de manutenção em 54 sistemas até o ano fiscal de 2035”, relatou o documento do GAO.
Conforme o padrão de todos os relatórios do GAO, o órgão fez uma série de recomendações ao Pentágono, principalmente nos serviços para completar as manutenções necessárias, bem como no desenvolvimento de planos para mitigar e conter o declínio das taxas de capacidade da missão.
Falando em nome do Departamento de Defesa, Vic Ramdass, concordou amplamente com as recomendações do órgão de auditoria. A única contestação foi que a Marinha acelerasse suas avaliações planejadas de cada frota, argumentando que o serviço elaborou um cronograma que equilibra uma variedade de necessidades programáticas “sem criar uma onda de revisões em um ano”.
Fonte: BD
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