Aumento na demanda de suporte técnico para o F-35 naval dos EUA. Técnicos trabalhando no reparo de um F-35C a bordo do USS Carl Vinson. À medida que aumenta a frota operacional de caças F-35B/C Lightning II na Marinha dos EUA (USN) e no Corpo de Fuzileiros Navais (USMC), aumentam também as necessidades de reparos e manutenção dos aviões em campo.
A demanda por consertos em operações de combate nem sempre vêm em momento e local convenientes, e por isso as equipes do F-35 Rapid Response Team (RRT), baseadas no Fleet Readiness Center East (FRCE) da MCAS Cherry Point, Carolina do Norte, estão sempre pontas para entrar em cena em qualquer lugar do mundo e a qualquer momento.
Como aumento da carga de trabalho, as equipes do RRT podem ser enviadas para uma Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais em qualquer lugar do mundo, ou até mesmo para um porta-aviões da Marinha na região do Indo-Pacífico, em aproximadamente 72 horas.
“Nos últimos anos, aumentou o número de solicitações de serviço da RRT. Mais aeronaves na frota elevam a o ritmo operacional e a necessidade de mais suporte no nível de depósito necessário para as aeronave”, explicou Ike Rettenmair, Chefe do F-35 na FRCE.
No ano fiscal de 2022, que corresponde o período entre 1º de outubro de 2021 e 30 de setembro deste ano, o F-35 RRT já foi implantado doze vezes em vários locais do mundo, superando em 50% o ano fiscal de 2021, com quatro meses ainda faltando para encerrar o período. Em comparação, entre 2017 e 2019 a equipe foi deslocada apenas sete vezes de 2017 a 2019.
A exigência envio especialistas para reparos específicos em campo, aumentou a demanda por suporte técnico do RRT, e consequentemente diminuiu o tempo de indisponibilidade das aeronaves, quando comparados à necessidade de enviar o avião para uma das instalações dos Fleet Readiness Centers.
“Recentemente especialistas de suporte técnico do F-35 RRT foram deslocados para a Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais (MCAS) de Iwakuni, no Japão; à bordo do USS Carl Vinson, bem como no USS Abraham Lincoln, o que demonstrou a alta capacidade de apoio à prontidão da aviação naval para as linhas de voo”, disse Jeanie Holder, Gerente do F-35 Joint Program Office da FRCE.
No MCAS Iwakuni, a equipe reparou dois F-35B do Marine Fighter Attack Squadron 121 (VMFA-121), primeiro Esquadrão permanente de F-35 do USMC. Um reparo envolveu a estrutura da aeronave, enquanto o outro foi necessário um reparo na estrutura e no revestimento da superfície externa das asas e fuselagem.
No USS Carl Vinson, navegando na região do Indo-Pacífico, o suporte técnico do RRT auxiliou no reparo de um F-35C do Strike Fighter Squadron 147 (VFA-147). A experiência dos técnicos do RRT ajudou a facilitar um reparo a bordo do navio que não seria possível de outra forma.
O F-35 RRT trabalhou a bordo do USS Abraham Lincoln duas vezes em 2022, auxiliando o Marine Fighter Attack Squadron 314 (VFMA-314) no reparo de várias aeronaves F-35C, resultando no grande impacto de prontidão para o Esquadrão.
“O trabalho realizado pela equipe FRC permite que o esquadrão tenha aeronaves suficientes para realizar nossas missões diariamente. Sem a assistência dessa equipe, teríamos 30% de nossos jatos fora de combate. Os dois técnicos que foram enviados em auxílio ao VFA-147 eram muito habilidosos. Durante os reparos, eles tiveram técnicos do Esquadrão ao seu lado, dividindo seus conhecimentos mutuamente. O processo de reparo foi muito mais tranquilo do que o previsto e se deve diretamente à capacidade dos técnicos envolvidos”, disse o Major Derek Heinz, Oficial de Manutenção do VMFA-314
Os benefícios comprovados dessas equipes da Aviação Naval em campo, estão inspirando iniciativas semelhantes. O conhecimento em todas as variantes das aeronaves, aliada a agilidade para implantar rapidamente o RRT, está motivando a USAF na formação de uma equipe semelhante, baseada no modelo do FRCE.
“Nossos técnicos do FRCE RRT são realmente os suportes de F-35 mais dedicados e altamente qualificados que existem. A maioria são veteranos, então eles entendem como é ter uma aeronave parada aguardando por manutenção, e o valor da capacidade de reparo rápido para recuperar esse ativo para combate. Como ex-mecânico de aeronaves e Fuzileiro Naval, também entendo esse nível de necessidade e o valor que agregamos à frota”, salientou Ike Rettenmair.
Fonte: NAVAIR
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