F-35 filandeses serão baseados em Rovaniemi – Lapônia. O Comando Aéreo da Lapônia em Rovaniemi receberá os primeiros caças F-35 da Força Aérea Finlandesa (Ilmavolmat) em 2026. O Comunicado foi feito oficialmente no dia 27 de maio, dias depois da Finlândia aderir a Aliança Militar Ocidental – OTAN.
A Base Aérea de Rovaniemi (EFRO) está localizada no Círculo Polar Ártico, a sete quilômetros ao norte do centro da cidade de Rovaniemi. Atualmente é a base mais ao norte da Finlândia, sendo sede do esquadrõa HävLLv 11, equipado com os Boeing F/-18CD Hornet. No comunicado não fica explícito, mas é provável que esta unidade seja convertida para os F-35A. Além do HävLLv 11, os Hornets operam no HävLLv 31, em Kuopio/Rissala (EFKU) no sul do país.
Em dezembro passado, a Finlândia anunciou que vai adquirir 64 Lockheed Martin F-35A para substituir a atual frota de F/A-18C/D Hornets. Os primeiros F-35 chegarão a Rovaniemi em 2026 e todos os 64 estarão operacionais até 2030.
Com a decisão da Finlândia de aderir à OTAN, a força transfronteiriça de F-35 da aliança no extremo norte da Europa será significativa. A Noruega, que já recebeu 34 dos 52 aviões, tem sua base aérea principal em Ørlandet, no sul, mas possui aviões em Alerta de Reação Rápida (QRA) para a OTAN na base aérea de Evenes, ao norte do Círculo Polar Ártico.
Se a OTAN implantar alguns dos F-35 baseados em Rovaniemi para a QRA, o tempo de voo para o norte para interceptar aeronaves militares russas voando a oeste da Península de Kola será menor do que voar da Base Aérea de Evenes, na Noruega. No entanto, como parte da política tranquilizadora da Noruega em relação à Rússia, aliados da OTAN até agora não foram autorizados a usar o espaço aéreo sobre o leste de Finnmark em missões para monitorar as atividades russas. Isto precisará ser “negociado” e com a crise da Ucrânia abre-se um bom argumento.
Iisto porque um voo de Rovaniemi para o Mar de Barents terá que cruzar o espaço aéreo norueguês por um minuto ou dois. Muito provavelmente, a Noruega continuará a manter o QRA da OTAN nas águas do norte, enquanto a Finlândia, a partir de 2026, policiará a nova fronteira terrestre de 1.340 quilômetros da OTAN com a Rússia.
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