FAB viabiliza primeira aproximação por instrumentos em Parintins. Em 19 de maio, ocorreu o primeiro pouso de uma aeronave no Aeroporto de Parintins (SWPI), a cerca de 370 km de Manaus (AM), utilizando uma aproximação RNP (Performance de Navegação Requerida, ou Required Navigation Performance). A pista de pouso do aeródromo é homologada apenas para operações sob Regras de Voo Visual (VFR), e toda a operação foi coordenada pelo Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV).
A operação só foi possível com os esforços do Departamento do Controle do Espaço Aéreo (DECEA) na viabilização de novas tecnologias por meio dos conceitos de Navegação Aérea Baseada em Performance (PBN) e da pioneira normatização da Elaboração de Procedimentos de Aproximação RNP, para atender pistas homologadas apenas para operações sob VFR.
O procedimento RNP é baseado nos equipamentos de navegação embarcados nas aeronaves, como o GNSS (Global Navigation Satelital System), visa proporcionar a transição do voo em rota para os fixos iniciais de aproximação, com trajetórias definidas e rampa de descida estabilizada na aproximação final. Desta forma, os pilotos voam com gradientes ótimos, o que garante segurança e regularidade nas operações aéreas.
O Comandante do CINDACTA IV, Brigadeiro do Ar Raul Carlos Camara Borges, e o Chefe da Divisão Operacional do CINDACTA IV, Tenente-Coronel Aviador Alessandro Silva, acompanharam o procedimento do Centro de Controle de Área Amazônico (ACC-AZ). Em Parintins, a ação foi coordenada pelo Chefe da Subdivisão de Operações Militares do CINDACTA IV, o Tenente-Coronel Controlador de Tráfego Aéreo Edivaldo Cardoso dos Santos.
A seguir, registros dos trechos da comunicação via rádio entre o piloto do voo da Azul Linhas Aéreas Brasileiras (Azul 4468) e o controlador de tráfego aéreo do ACC-AZ, no momento do procedimento:
“Sinto-me extremamente honrado por ter sido o primeiro a realizar o procedimento, irretocável, diga-se de passagem. A Força Aérea Brasileira, mais uma vez, contribuindo bastante para a garantia da segurança das operações aéreas em Parintins”, disse o piloto Nilson Santos, comandante do Embraer 195 que realizou o voo Azul 4468.
Foi um marco, tanto para o aeroporto de Parintins quanto para o controle do espaço aéreo na Amazônia. “Esse procedimento utiliza a capacidade embarcada nas aeronaves para prover, a partir de sinais satelitais, nesse caso específico, sua posição tridimensional com a máxima precisão”, explicou o Tenente-Coronel Cardoso.
Fonte: FAB
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@FFO