Criminosos atiram para derrubar helicóptero no Rio de Janeiro. Cenas de guerra urbana no subúrbio do Rio de Janeiro na terça-feira (17/05). Um helicóptero Airbus EC-120 Colibri de uma empresa de táxi aéreo foi alvo de diversos disparos de armas de grosso calibre, enquanto cruzava sobre a Vila Cruzeiro, complexo da Penha, próximo a conhecida Igreja da Penha, na zona norte da cidade.
Diversos vídeos foram compartilhados nas redes sociais, onde é possível ouvir muitos disparos sendo realizados por criminosos contra a aeronave. Enquanto o helicóptero cruza a região nivelado em uma altura relativamente alta, é possível ouvir homens em tom de deboche gritando “derruba, derruba, derruba, uhuuu!” , “se passar na reta vai tomar, hein!”, “vai cair hein…que bagulho maneiro!!”.
De acordo com as informações, a aeronave EC-120 “Colibri”, PP-MEU (c/n 1079), pertencente à empresa de táxi aéreo especializada em voo panorâmicos Heli Rio, voava entre o Aeroporto Internacional do Galeão (GIG/SBGL) e o Heliporto no Recreio dos Bandeirantes. Apenas o piloto estava a bordo e não ficou ferido.
A Heli Rio informou para a Band Rio que apenas um tiro atingiu sua aeronave, porém imagens circulam em grupos de aviação mostram que pelo menos cinco locais atingidos pelos disparos.
Infelizmente esta situação não é nada nova no país, especialmente no Rio de Janeiro, mas este vídeo impressiona pela enorme quantidade de disparos realizadas contra o EC-120.
Em outras ocasiões aeronaves civis foram alvos de balas perdidas ou disparos intencionais, como o caso do Boeing 767-300ER da TAM (PR-MSY) que pousou no Aeroporto do Galeão, em janeiro de 2017, com uma perfuração de disparo de fuzil calibre 7.62 mm em uma asa.
Casos mais antigos de disparos contra aeronaves das Forças de Segurança também são conhecidos. Histórias de um C-130M Hércules da FAB perfurado por balas há alguns anos na região da Base Aérea de Santa Cruz são conhecidos, porém o caso mais grave foi a derrubada de um helicóptero da Polícia Militar do RJ em 2009, matando quatro policiais.
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