USAF: primeira aviadora recebe o Troféu Kolligian. A Capitã Taylor Bye, piloto do A-10C Thunderbolt II do 75th Fighter Squadron (75th FS) da 23rd Fighter Wing (23rd FW), sediada na Moody AFB, na Geórgia tornou-se a primeira aviadora a receber o Troféu Koren Kolligian Jr., entregue pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Gen. CQ Brown Jr., no Pentágono, em 11 de maio.
Bye foi premiada por sua extraordinária habilidade por enfrentar uma crise iminente durante um treinamento de rotina há dois anos. A experiência testou suas capacidades como aviadora e sua proficiência de manter a cabeça no lugar. Em 7 de abril de 2020, durante uma surtida de treinamento de rotina, o canhão A-10 de Bye sofreu uma falha catastrófica. Com a explosão seu canopi foi lançado pelo céu, além de gerar uma série de panes. Isto a forçou a decidir entre ejetar ou tentar um pouso de “barriga”.
Bye é a primeira mulher a receber o troféu desde a sua criação. O troféu reconhece os feitos notáveis de aviador e habilidade dos membros da tripulação que evitam ou minimizam a gravidade de um acidente de aeronave em termos de ferimentos, aeronaves ou danos materiais.
“Sou grato todos os dias pelo profissionalismo, capacidade e competência de aviadores como a da Capitã Taylor Bye”, disse Brown durante a apresentação. “O dia em que ela pousou com 66% do trem de pouso e vento no cabelo é algo que ela nunca esquecerá. Hoje, tive a honra de reconhecer seu desempenho exemplar”.
“Olhando para trás, às vezes tenho que me lembrar do que aconteceu”, disse Bye. “Tudo aconteceu rapidamente, mas lentamente ao mesmo tempo. Sou grata por não ter ficado nervosa ou sobrecarregada. Consegui manter a cabeça no lugar e cuidar de cada problema à medida que surgia. Eu não tinha motivos para me sentir apressado ou ‘cair do céu’”.
Bye continua. “Eu sabia que tinha tempo para analisar o que estava acontecendo e tomar a decisão apropriada. A tranquilidade de saber que eu tinha tempo fez uma enorme diferença. Eu não posso acreditar que estou recebendo este prêmio, e estou tão honrada por estar em DC para a cerimônia. Toda essa experiência me desafiou de várias maneiras, mas ser reconhecido com essa honra é algo que nunca esquecerei. Para um dia que teve os ingredientes de algo menos do que agradável, este será definitivamente o destaque em que me debruçar”.
Este prêmio reconhece realizações individuais; no entanto, Bye enfatizou a importância de sua equipe tanto no solo quanto em voo, citando a assistência de seu ala Maj. Jack Ingber, outro piloto de A-10 de Moody AFB.
“Meu ala era minha fonte de normalidade”, descreveu Bye. “Nós treinamos para observar o jato do líder desde os primeiros estágios do voo de formação. Então eu sabia estar em boas mãos quando ele verificou as partes do meu A-10 que eu não conseguia observar do meu cockpit. A certa altura, depois de um tempo mergulhada na emergência, ele disse pelo rádio ‘você está fazendo um bom trabalho’. Essa pequena declaração fez toda a diferença porque me lembrou que eu tinha uma equipe me ajudando”.
Existem procedimentos para se lidar com algumas emergências, mas as ações e a competência de Bye demonstraram sua compreensão da aeronave, a sua capacidade de pilotagem e da tomada de decisões em frações de segundo. Naquele momento, ela era apenas um profissional treinado fazendo seu trabalho. Bye acrescentou que quando a cobertura do cockpit se perdeu, seu instinto foi o de ‘sobreviver’. Sem pensar, ela colocou os aceleradores no máximo, levantou o nariz da aeronave e abaixou o assento para reduzir a rajada de vento.
“Nós não treinamos necessariamente para isso, mas a decisão em frações de segundo que tomei foi a resposta natural do meu corpo”, explicou Bye.
O troféu homenageia o 1º Tenente Koren Kolligian Jr., um piloto da USAF declarado desaparecido no cumprimento do dever quando sua aeronave desapareceu na costa da Califórnia em 1955. Ele reconhece proezas notáveis realizadas por membros da tripulação que, por habilidade extraordinária, estado de alerta excepcional, engenhosidade ou proficiência, evitaram acidentes ou minimizaram a gravidade dos acidentes em termos de ferimentos, perda de vidas, danos à aeronave, propriedade privada ou do estado.
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