Índia nega pouso de avião japonês com ajuda humanitária para Ucrânia. O governo japonês irá atender uma solicitação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, e realizará suporte logístico de suprimentos em apoio aos refugiados ucranianos na Polôniae na Romênia. PAra atender ao pedido, uma aeronave Kawasaki C-2 da Força Aérea de Auto-Defesa Japonesa (JASDF) será deslocado para a missão.
Originalmente o avião japonês carregaria os suprimentos na Índia e nos Emirados Árabes Unidos, e os levaria para a Polônia e Romênia, os dois países que abrigam o maior número de ucranianos refugiados. Além disso, o governo japonês também enviará suprimentos do seu território para a Europa.
Entretanto, a programação original dos voos foi alterada por conta de uma restrição diplomática de última hora, imposta pelo governo indiano. Apesar de previamente coordenados, a Índia voltou atrás e negou autorização de pouso do avião militar da JASDF em seu território.
“Recebemos um pedido de pouso em Mumbai para um avião japonês, com objetivo de buscar suprimentos humanitários”, disse Arindam Bagchi, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, em entrevista coletiva. Mas ele observou que a aprovação seria para uma aeronave comercial, e não para um avião militar.
A Índia mantém relações amistosas de longa data com a Rússia, e tem se recusado a participar das sanções impostas à Moscou, sob a liderança dos Estados Unidos e países europeus, pela invasão da Ucrânia.
O gabinete do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, planejava enviar o avião até o final deste mês de abril, mas com a restrição indiana, os voos sofrerão atrasos. A nova programação prevê que os voos começarão no início de maio, e se estenderão até o final de junho, com uma operação por semana.
Recentemente uma aeronave da JASDF levou coletes à prova de balas e capacetes militares para a Ucrânia, via Polônia. O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, disse no início desta semana que o Japão também usará voos comerciais para fornecer à Ucrânia roupas e máscaras de proteção contra armas químicas, bem como drones civis.
Fonte: Kyodo News
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