KC-46: revisão final do RVS 2.0 é aprovada. USAF e a Boeing fecharam oficialmente a revisão preliminar do projeto do Remote Vision System 2.0 no 11 de abril, depois que a Boeing concordou em pagar integralmente os custos de projeto de reengenharia e melhorias exigidas, confirmou a porta-voz da Força Aérea, a Capitã Samantha Morrison. O RVS é somente um dos problemas do KC-46A Pegasus, porém é considerando o mais notório e importante de todos.
“Os sensores panorâmicos serão atualizados com câmeras infravermelhas aprimoradas e a adição de novas câmeras de espetro diurno”, disse a Capitã Samantha Morrison. “Embora as telas panorâmicas permaneçam as mesmas, os sensores aprimorados e a capacidade de exibir imagens panorâmicas na tela principal resultarão em melhorias significativas nos recursos”.
A inclusão de novas câmeras panorâmicas foi um grande ponto de discórdia entre a Força Aérea e a Boeing — e a sua inclusão no pacote de redesenho do RVS 2.0 representa uma grande vitória, visto que todo o custo será arcado pelo fabricante. Os dois sistemas de câmeras (IR e diurno) são separados, mas interligados no processo de reabastecimento. O sistema panorâmico é projetado para detectar e identificar aviões a uma certa distância que estão rumo ao reabastecimento, enquanto o sistema RVS fornece imagens de vídeo que permitem ao operador da lança conduzir o reabastecimento com segurança.
“As melhorias incluem três pares de câmeras panorâmicas visíveis para operações diurnas e câmeras infravermelhas de ondas longas para operações noturnas”, disse a empresa.
A Boeing esclareceu ainda que os aprimoramentos envolvem mudanças de hardware, mas se recusou a detalhar melhorias específicas na configuração básica. A Boeing está presa a um contrato a preço fixo com a USAF, onde é financeiramente responsável por pagar quaisquer falhas de projeto que excedam o custo do contrato de US$ 4,9 bilhões. As falhas já custaram a empresa mais de US$ 5 bilhões em encargos, sendo parte devido ao RVS original. Com isto, o KC-46A não trouxe lucro a Boeing.
Nas próximas semanas, a Força Aérea e a Boeing atualizarão o contrato de Desenvolvimento de Engenharia e Fabricação com a Especificação de Design de Linha da Base do Produto, que documenta o projeto desenvolvido em conjunto e transfere a responsabilidade técnica para a USAF. A partir dai qualquer modificação será arcada pela USAF. O programa geral de reengenharia do RVS 2.0 ainda está dentro do cronograma original.
O novo design permitirá que a USAF resolva “porções significativas” de duas deficiências críticas da “Categoria I”. Especificamente, em seu estado atual, o RVS não transmite de forma confiável aos operadores da lança quando a lança raspa na superfície de uma aeronave receptora, representado um risco à segurança. O RVS 2.0 irá eliminar isto.
A USAF disse que o KC-46 não será designado como totalmente operacional até que todas as deficiências críticas tenham sido resolvidas. O que só deve ocorrer apenas no fim de 2023, se o cronograma atual se mantiver. O KC-46 está sendo gradualmente liberando para realizar certas missões operacionais, com o Comando de Mobilidade Aérea enviando recentemente quatro KC-46 para a Europa, onde apoiou missões de reabastecimento na frente oriental da OTAN.
Até agora, a Boeing entregou 57 KC-46 à USAF, de m total de179 planejados. Também entregou o primeiro KC-46 para o Japão e recebeu a encomenda de outros dois de Israel.
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