Produção do V-22 Osprey perto do fim. A produção primeiro tiltrotor americano de sucesso, o Bell-Boieng V-22 Osprey está próximo ser encerrada. Os 481 Osprey do programa das Forças Armada americanas já foram entregues ou estão próximos da entrega final e a equipe da Bell-Boeing já vislumbra que a produção cesse em algum momento nos próximos dois a três anos.
O último lote de tiltrotors dos Fuzileiros Navais e da US Navy provavelmente serão encomendados no início de 2023, quando as empresas terão que acelerar sua busca por outras oportunidades de negócios. Somente os Fuzileiros planejam operar uma frota de 360 Ospreys, e seu desempenho de operações expedicionárias hoje se concentra na flexibilidade oferecida pela tecnologia tiltrotor.
Antes que a produção do V-22 seja encerrada, é importante garantir que os serviços militares tenham todos os tiltrotors necessários até 2055, quando a aeronave está prevista para ser aposentada. Infelizmente, não há como prever com segurança que desgastes podem ocorrer nos conflitos das próximas décadas, ou que novas missões podem surgir que exijam a presença dos V-22 e suas variantes. As novas missões podem incluir qualquer coisa, desde reabastecimento aéreo até guerra eletrônica ou C-SAR.
Por isto os fuzileiros deverão ter todos os Ospreys que planejam, mas não terão provavelmente eles nas capacidades que o futuro exigirá. Este problema é ainda mais pronunciado para as unidades de operações especiais da USAF, que tem uma frota relativamente pequena de Ospreys. Oficiais da USAF alertaram repetidamente sobre o alto custo de manutenção de um pequeno número de aeronaves especializadas e se elas poderão se adaptar as exigências das futuras missões com uma linha de produção fechada que limitaria as atualizações.
Além disto a US Navy, que reduziu uma compra planejada de 48 Ospreys para 44 para o programa COD baseado em porta-aviões para substituir os C-2A/B Greyhound, sem pensar em como o aumento de suas operações marítimas distribuídas pelo mundo podem afetar a pequena frota de tiltrotores e assim prejudicar a sua logística.
Essas preocupações assumem maior urgência hoje, porque se tudo correr conforme o planejado, a produção de novos Ospreys cessará em breve. Os Fuzileiros continuarão a atualizar os modelos mais antigos para a configuração mais recente, mas a cadeia de suprimentos de 400 empreiteiros em 42 estados se dissipará gradualmente assim que estas atualizações e a produção final dos últimos exemplares for concluída.
A Bell e a Boeing já entraram em contato com a USAF, USMC e a US Navy sobre como devem se preparar para o fechamento da linha. Antes que esse passo fatídico seja dado, os planejadores devem se certificar de que possuem tiltrotors suficientes para chegar a metade do século em condições operacionais. Dado que a produção do Osprey cesse, é quase certo que não será retomada. Agora é a hora de acertar o tamanho da frota.
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