Houthis atacaram refinaria perto do autódromo do GP de Fórmula 1 da Arábia Saudita. Os rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, realizaram na sexta-feira (25), ataques com mísseis e drones contra refinaria em Jeddah, palco do Grande Prêmio de Fórmula 1 da Arábia Saudita. Os ataques foram contra as refinarias da Aramco, a maior petrolífera do mundo, naquela cidade, além de alvos na capital Riad.
Em uma declaração no Twitter, O porta-voz militar houthi, Yahya Saree, disse que um grande número de drones realizou os ataques contra instalações vitais em Riad e da gigante petrolífera Aramco em Jizan, Najran, Ras Tanura e Rabigh, além de Jeddah.
A TV Al Arabiya, citando as Forças Armadas sauditas, disse que o sistema de defesa aérea do reino destruiu dois drones armados com munições destinadas à Najran.
A instalação mais afetada neste ataque múltiplo foi a North Bulk Plant de Jeddah, localizada a sudeste do aeroporto internacional da cidade e a poucos quilômetros do circuito de Fórmula 1. A planta da Aramco de Jeddah armazena estoques de diesel, gasolina e querosene de aviação para consumo interno do país.
A televisão estatal saudita reconheceu outros ataques na cidade de Dhahran que atingiram tanques de água e também danificaram veículos e casas. Um outro ataque teve como alvo uma subestação elétrica em uma área do sudoeste da Arábia Saudita, perto da fronteira com o Iêmen.
Autoridades sauditas e os organizadores da etapa do GP no Oriente Médio monitoravam a situação ao longo da semana, prevendo a possibilidade de ataques vindos do Iêmen. A Aramco é uma das principais financiadoras do Mundial de Fórmula 1, além de ser a patrocinadora master da equipe Aston Martin. Os ataques de sexta-feira causaram um pequeno atraso nos treinos para o GP de Fórmula 1 da Arábia Saudita, mas não impediram a realização do evento no domingo (27).
Os rebeldes houthis apoiados pelo Irã atacaram duas vezes a fábrica de Jeddah com mísseis de cruzeiro: um ataque ocorreu em novembro de 2020, enquanto o último ocorreu no domingo.
A guerra civil do Iêmen iniciou em 2014, quando os houthis tomaram a capital Sanaa. No ano seguinte foi formada uma coalização internacional liderada pela Arábia Saudita para intervir e sustentar o governo reconhecido do país. Centenas de milhares de pessoas foram mortas direta ou indiretamente no conflito, enquanto milhões foram deslocados no que a ONU classifica como uma das maiores crises humanitárias do mundo.
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