Ameaças de bombas em voos comerciais movimentam caças da OTAN. Em 22 de março, os F-16 da Força Aérea Romena (ROAF) foram acionados em missão de alerta QRA (Quick Reaction Alert) para interceptar e escoltar uma aeronave da Turkish Airlines voando entre Moscou e Istambul. O jato turco sofreu uma ameaça de bomba enquanto passava o espaço aéreo da Romênia.
Seguindo os procedimentos internacionais, os F-16 romenos decolaram às 17h58 (horário local), interceptaram e escoltaram a aeronave civil até deixar o espaço aéreo nacional, as 18h24. A missão foi acionada pelo Centro de Operações Aéreas Combinadas da OTAN, em Torrejon, Espanha, e coordenada pelo Centro de Controle do Comando do Componente de Aviação Romeno, em coordenação com as autoridades de tráfego aéreo civil.
O voo da Turkish Airlines, THK 418, operado pelo Airbus A330-200 (TC-JNB), decolou do Aeroporto Internacional de Moscou às 13h35 UTC, e pousou com segurança em Istambul às 17h15 UTC. A ROAF não divulgou nenhum detalhe adicional sobre a operação.
Esta foi a segunda ameaça de bomba em apenas três dias, na qual a ROAF foi acionada. Em 19/03, os F-16 romenos foram acionados para interceptar e acompanhar um voo da WizzAir, que voava de Kutaisi (Geórgia) para Varsóvia (Polônia).
Os F-16 romenos romenos decolaram às 22h44 LT e acompanharam o Airbus A321 da WizzAir até deixar o espaço aéreo nacional, às 23h33 LT, quando oi entregue para os JAS-39 Gripen da Força Aérea da Hungria e posteriormente caças da Força Aérea Eslovaca assumiram. O avião pousou com segurança no aeroporto de Varsóvia após as 23h00 LT. As autoridades não encontraram nenhum explosivo a bordo da aeronave.
O A321 da WizzAir foi a segunda ameaça de bomba acompanhada pela Força Aérea Húngara (HUAF) em menos de uma semana. Em 14 de março, os Gripens húngaros foram acionados para interceptar um Airbus A319 da Air Serbia, que voava de Belgrado para Moscou, que também sofreu uma ameaça de bomba, mas pousou no seu destino sem problemas.
Apesar de acontecerem com certa frequência, as ameaças de bomba (normalmente falsas) se multiplicaram nos últimos dias, em meio a crescentes tensões na região após a invasão russa da Ucrânia, e a sanções a Moscou. A Turkish Airlines e a Air Serbia, são as únicas companhias aéreas que permitem o embarque de passageiros entre a Rússia e a Europa. Elas estão particularmente expostas a tais ameaças, no que os analistas consideram uma possível tentativa de interromper as suas operações na Rússia.
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