A B-52H Stratofortress from the 69th Expeditionary Bomb Squadron at RAF Fairford, England, flies in formation with two Polish Air Force MiG-29s and two F-15E Strike Eagles from the 336th Fighter Squadron at Seymour Johnson Air Force Base, North Carolina, Feb. 24, 2022. The 69th EBS Bomber Task Force mission was integrate with U.S. Eastern European Allies.(U.S. Air Force photo by Airman 1st Class Zachary Wright)
MiG-29 para a Ucrânia – EUA diz que oferta polonesa é “insustentável”. Após divulgação ontem, que a Polônia irá repassar seus caças Mikoyan-Gurevich MiG-29 a Ucrânia, para auxiliar no esforço de guerra contra a Rússia, o Pentágono publicou um comunicado em seu site atribuído ao secretário de imprensa do Pentágono, John F. Kirby. Nele, é explicitada a preocupação de toda a OTAN, que a chamada “espontânea e surpreendente doação polonesa” possa escalar a guerra na Europa. Na prática, foi um “educado e velado não” ao repasse dos caças à Ucrânia por parte dos EUA.
“Não acreditamos que a proposta da Polônia seja sustentável”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, no comunicado.
O fato é que para a OTAN não está claro se envio dos jatos poloneses, apoiado pelos Estados Unidos e usando a base aérea da OTAN/EUA de Ramstein – Alemanha, em território de um membro importante da aliança, não criaria um novo cenário ou ao menos alimentaria ainda mais a crise. Putin já havia prevenido a OTAN sobre situações como esta, que seriam interpretadas pela Rússia como hostis e como um envolvimento no conflito. Fontes americanas citadas pela mídia local, afirmam que a ideia vai ampliar a guerra, e, mais uma vez, fica claro que os ucranianos estão por sua conta e risco e que a OTAN não se envolverá em ações decisivas, apenas paliativas e econômicas.
A OTAN está no mínimo dividida nesta questão e não está convicta desta ação. A doação da Polônia, com o apelo para que outros países europeus façam o mesmo, vem muito na pressão diária e comovente do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que tem usado as redes sociais, a mídia e conversas com líderes mundiais para pedir mais apoio com caças, armas e o fechamento do espaço aéreo do seu país, criando uma “no fly zone”.
A pergunta que fica é se a OTAN irá chancelar o envio dos MiG-29 e pagar para ver. Parece que não. O que fica é uma guerra de versões e de mídia, que na prática em nada muda a situação na Ucrânia, que ruma para uma queda do país para a Rússia ou uma guerra de resistência, que poderá durar anos. O fato é que este assunto poderá se alongar, por falta de unanimidade e com isto a Ucrânia não receber os tão esperados caças, que para muitos não devem fazer uma diferença real.
@CAS