USAF mais perto do E-7A Wedgetail? A USAF está aproveitando o Red Flag 2022-01, que está ocorrendo entre os dias 24 de janeiro de 11 de fevereiro, em sua tradicional arena, a Nellis AFB, para observar mais de perto o Boeing E-7A Wedgetail, que está participando com uma aeronave do 2 Squadron da Royal Australian Air Force (RAAF). A observação in loco é mais um passo da USAF em direção a sua análise final de como e se deve prosseguir com uma rápida aquisição de um lote E-7A.
Para muitos analistas, o Red Flag 2022-01 poderá ser decisivo para as pretensões da USAF adquirir ou não o E-7, que sustituiría os veteranos Boeing E-3C. O Maj. Gen. Case A. Cunningham, comandante do Air Warfare Center, confirmou isto durante o seminário virtual AFA Air and Space Warfighters in Action, em 26 de janeiro.
“É uma oportunidade realmente fantástica de integrar e trabalhar em estreita colaboração com nosso principal aliado, no que todos sabemos ser uma capacidade crítica e essencial para os desafios que enfrentamos, especialmente, no teatro Indo-Pacífico, mas também em outros teatros”.
Em particular, a USAF procurará usar a Bandeira Vermelha, como uma oportunidade para “realmente refinar as táticas, técnicas e procedimentos de trabalhar com F-35 e F-22 em um ambiente altamente contestado em colaboração com o E-7A”, disse Case.
E a percepção obtida por meio desse treinamento não apenas ajudará a USAF a aprender a melhor integrar e trabalhar ao lado de aliados, “mas também alimentará as lições à medida que potencialmente procuramos trazer a capacidade do E-7 para nossa própria força aérea“, completou Case.
A potencial adição do E-7A para substituir o antigo E-3C Sentry AWACS (Airborne Warning and Control System), surgiu como uma das principais prioridades da liderança da USAF nos últimos meses.
Em setembro, na Conferência Air Force Association’s Air, Space & Cyber da Força Aérea, o Chefe do Estado Maior Gen. Charles Q. Brown Jr. chamou o E-7 de “boa plataforma”, dizendo que ele havia voado a bordo dela várias vezes e, provavelmente, ela estaria pronta muito mais cedo do que outras opções desenvolvidas do zero. O General Kenneth S. Wilsbach, chefe das Forças Aéreas do Pacífico (Pacific Air Forces), também endossou o E-7, chamando-o de “uma capacidade comprovada” e dizendo que ficou impressionado com seu desempenho.
Em outubro, a USAF divulgou um anúncio de oportunidade de negócios pedindo à Boeing que conduzisse “estudos, análises e atividades necessárias para verificar a configuração atual da linha de base do E-7A e determinar qual trabalho adicional seria necessário, para tornar a aeronave compatível com a USAF“.
Na mesma época, o chefe do Comando de Combate Aéreo, General Mark D. Kelly, observou que precisava de um substituto para o E-3 “há dois anos”. O secretário da Força Aérea, Frank Kendall, confirmou em dezembro do ano passado que o serviço está procurando comprar o E-7A como um sistema que faça uma “ponte” para um futuro sistema de indicador de alvo móvel baseado no espaço, chamando-o de uma de suas principais prioridades.
O Red Flag poderá ser uma das últimas etapas para corroborar que o E-7 serve para as necessidades da USAF. É bem provável que até o fim deste semestre, a USAF confirme sua aquisição. Austrália, Turquia, Coréia do Sul e Reino Unido também encomendaram o E-7A.
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