F-16E da UAEAF ataca base dos Houthis no Iêmen. Os Emirados Árabes Unidos atacaram um suposto lançador de mísseis balísticos operado pela milícia Houthi em Al Jawf, no Iêmen, em 24 de janeiro, horas depois que o Ministério da Defesa dos Emirados Árabes Unidos (MOD) anunciar a interceptação de dois mísseis do norte do Iêmen.
O grupo Houthis do Iêmen, alinhado com o Irã, lançou um ataque com mísseis Zulfiqar contra os Emirados Árabes Unidos nesta segunda-feira, 24 de janeiro, que teve como alvo a base de al-Dhafra, que hospeda os militares americanos. O ataque foi frustrado pelo sistema de defesa aérea Patriot. O Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, chamou o ataque de “escalada criminal” e disse que tinha o direito de responder.
O ataque, que acionou o alerta de obrigou as tropas americanas a se abrigarem em bunkers, foi o segundo em uma semana nos Emirados Árabes Unidos, o centro turístico e comercial da região do Golfo. Em 17 de janeiro, os Houthis atingiram um depósito de combustível em Abu Dhabi, matando três pessoas.
Em um comunicado em suas mídias sociais, o Comando de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa dos Emirados Árabes Unidos anunciou que às 04h10, horário local do Iêmen, que um caça F-16E Block 60 da United Arab Emirates Air Force (UAEAF) destruiu o lançador de mísseis balísticos, que teoricamente teria lançado os mísiles Zulfiqar em direção a Abu Dhabi.
Um vídeo granulado do ataque também foi divulgado pelo MOD dos Emirados Árabes Unidos, mostrando o momento do impacto e a bola de fogo resultante, afirmando que a tentativa de ataque a Abu Dhabi foi interceptada por sistemas de defesa aérea não identificados.
A capacidade de defesa aérea dos Emirados Árabes Unidos é fornecida pelo sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD), construído nos EUA, que é capaz de interceptar mísseis balísticos de curto, médio e médio alcance.
A tentativa de ataque a Abu Dhabi e a subsequente retaliação ocorrem uma semana depois que os houthis lançaram um ataque de drones em 17 de janeiro contra o emirado, atingindo o aeroporto internacional e instalações industriais próximas, resultando em três mortes. Em uma declaração de 21 de janeiro, o Conselho de Segurança da ONU “condenou” os “ataques terroristas hediondos” em Abu Dhabi em 17 de janeiro.
O movimento Houthi, apoiado pelo Irã, também conhecido como Ansar Allah, empreendeu uma campanha de anos para controlar o Iêmen, com a guerra civil resultante resultando na morte de mais de 350.000 pessoas. Uma força liderada pela Arábia Saudita, apoiada pelos outros membros do Conselho de Cooperação do Golfo, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Qatar e Kuwait, realizam uma campanha aérea sobre o Iêmen desde 2015.
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