Suspeita de corrupção da compra dos Typhoons do Kuwait. Em 24 de janeiro a agência estatal de notícias do Kuwait (KUNA – Kuwait News Agency) informou que o gabinete do Kuwait foi informado sobre o encaminhamento de dois oficiais superiores das Kuwait Air Force (KuAF), incluindo um Major-General, ao promotor público por “suposta apropriação indébita de fundos públicos” em relação ao contrato do país com o consorcio Eurofighter.
Empresa europeia Leonardo, sócia italiana do consórcio Eurofighter GmbH formado por ainda por BAE Systems e Airbus Defence & Space, disse logo após a noticia ser divulgada, que não é objeto de uma investigação judicial em relação à entrega de 28 caças multifuncionais Typhoon ao Kuwait. Em comunicado divulgado em 25 de janeiro, Leonardo disse que “como resultado de alguns rumores” a empresa “pretende esclarecer que o programa Eurofighter está progredindo de acordo com as expectativas“. A venda dos 28 Typhoons Trache 3A foi feita pela Leonardo ao Kuwait.
A declaração de 25 de janeiro de Leonardo acrescentou: “Nossa relação contratual com o Kuwait sempre se baseou nos princípios de máxima transparência e total equidade e é regulada por um contrato assinado como parte de uma relação mais ampla entre as instituições governamentais e de aeronáutica dos dois países. A Leonardo não tem evidências de problemas e todas as transações estão prontamente sujeitas a procedimentos e verificações de adequação”.
O relatório da KUNA disse que a autoridade anticorrupção “Nazaha” do Kuwait relatou as alegações depois de ser notificada por altos funcionários do governo em junho do ano passado. O ministério público do Kuwait declarou que irá investigar a fundo o caso, independente para onde as provas apontem e que se houver culpados, serão punidos. O Kuwait recebeu as duas primeiras aeronaves Eurofighter Typhoon Tranche 3A no final de 2021, que chegaram ao país em 14 de dezembro.
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