USAF testa bombas inteligentes GBU-53/B StormBreaker. A USAF testou recentemente as novas bombas inteligentes GBU-53/B StormBreaker desenvolvidas pela Raytheon Technologies. Os testes foram realizados em novembro, de acordo com um comunicado divulgado em 27 de dezembro, pelo fabricante.
Quatro caças F-15E Strike Eagles lançaram as bombas StormBreaker, na área de testes do Utah Test and Training Range, destruindo com sucesso quatro veículos em movimento no solo. O teste foi considerado fundamental pela Raytheon, uma vez que o desenvolvimento das GBU-53/B está com um atraso de pouco mais de um ano, depois que uma falha na produção de um componente-chave foi encontrado em 2019.
Oficialmente, o F-15E Strike Eagle é o único caça da USAF homologado para lançar essas bombas, porém analistas indicam que o F/A-18E/F Super Hornet e o caça de quinta geração F-35 Lightning II estariam homologados também. Recentemente, o F-35 também realizou um lançamento de avaliação da GBU-53/B, com o objetivo específico de testar o datalink de comunicação entre a bomba e uma aeronave secundária.
A GBU-53/B possuem várias funcionalidades integradas, que a tornam uma bomba letal contra os inimigos, pois ela tem a capacidade de mudar de curso e atingir um alvo definido após o seu lançamento. Além disso, a StormBreaker possui vários tipos de mira, definidas por radar ativo, infravermelho, laser semi-ativo e inercial GPS.
Por conta do seu tamanho reduzido, os caças podem ser armados com uma quantidade maior de bombas. Com 175 cm de comprimento, 17,7 cm de diâmetro e 93 kg, os F-15E Strike Eagles, por exemplo, podem levar até 28 GBU-53/B.
A ogiva da GBU-53/B StormBreaker pesa 48 kg (105 libras), e a bomba pode atingir alvos fixos até 111 km (69 milhas), e alvos móveis a 72 km (45 milhas). A grande precisão das bombas é alcançada com o uso combinado das miras, que lhe garante a vantagem de atingir alvos fixos e móveis.
Por último, mas não menos importante, a StormBreaker tem um modo autônomo, o que significa que a bomba pode ser conectada ao software da aeronave, permitindo que seja ainda mais eficaz ao coordenar e planejar adequadamente uma missão durante uma operação.
De acordo com Alison Howlett, Diretora do Programa StormBreaker da Raytheon Missiles & Defense, esta bomba é precisa, flexível e permitirá que a USAF lide com um grande número de ameaças. “A ogiva de múltiplos efeitos separa esta arma ar-superfície das suas antecessoras e outras munições de sua classe”, disse Howlett.
No executiva da Raytheon ainda apontou outra vantagem da GBU-53/B StormBreaker: a capacidade de lançar a bomba de um sistema de armas, e posteriormente transferir o controle do armamento para outro sistema. Não é segredo que as Forças Armadas dos Estados Unidos estão tentando unir os cinco domínios (terrestre, marítimo, aéreo, espacial e de informação), e esta vantagem da StormBreaker é um passo à frente.
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