Rapid Dragon: USAF realiza primeiro lançamento de míssil real paletizado. A USAF destruiu um alvo no Golfo do México utilizando um míssil de cruzeiro lançado pela rampa traseira de um avião de carga. O evento ocorreu em 16 de dezembro, e marcou o primeiro teste de fogo real do Programa Rapid Dragon.
O teste ocorreu na área restrita sobre a água da Base Aérea de Eglin, Flórida, e marcou o próximo passo no esforço do escritório do Air Force Strategic Development Planning and Experimentation no desenvolvimento de um sistema de armamentos paletizados.
O Programa Rapid Dragon, desenvolvido pelo Air Force Research Laboratory (AFRL), pretende transformar aeronaves cargueiras em bombardeiros, fornecendo aos comandantes dos EUA e aliados maior poder de fogo para destruir alvos inimigos a uma distância segura.
Para o teste fogo real da semana passada, um MC-130J Commando II do AFSOC, foi carregado com o míssil de cruzeiro paletizado, e os dados do alvo foram recebidos em voo, pelo sistema de gerenciamento de combate do MC-130, e repassados para o míssil. Esta foi a primeira vez que uma atualização de dados dos alvos foram recebidos e atualizados em tempo real, durante o voo.
Quando o MC-130 atingiu a zona de lançamento sobre o Golfo do México, ocorreu o lançamento do sistema de munições paletizado de quatro células, contendo um míssil de cruzeiro e três pesos simulando a massa e o formato dos outros mísseis que podem compor o conjunto. Com a queda inicial estabilizada por um pára-quedas, sequencialmente o míssil e os simulacros foram liberados do palete, para evitar colisões entre eles. O míssil se separou da caixa de lançamento de forma não convencional (orientação vertical do nariz para baixo). Conforme programado, o míssil abriu suas aletas para o controle aerodinâmico, acionou o motor e executou uma manobra de pull-up, prosseguindo diretamente para o alvo recém-designado, destruindo o mesmo com sucesso.
A próxima etapa do Programa Rapid Dragon será um teste de fogo real na primavera de 2022, com um míssil de cruzeiro transportado por um jato C-17. Vale ressaltar que a nova metodologia de “retargeting” (recebimento dos dados de alvos em voo), foi desenvolvida para ser utilizada em outras aeronaves cargueiras. Finalmente, um programa subsequente examinará a expansão do portfólio do Rapid Dragon, visando incluir armamentos adicionais e outros recursos, elevando o sistema de um protótipo para uso operacional em dois anos.
O AFRL apontou o rápido desenvolvimento do Rapid Dragon, apresentando-o como um exemplo de parceria de sucesso entre o governo e a indústria, produzindo resultados rápidos. Esse teste de fogo real ocorreu cinco meses depois que a equipe do Rapid Dragon conduziu um teste de sistemas em voo, e dez meses desde o início do projeto. Nos últimos cinco meses, foram realizados voos de testes com três aeronaves diferentes: MC-130J, EC-130SJ e C-17A.
“Este tipo de campanha que aborda lacunas de capacidades e demonstra esforços transformadores, nos ajuda a moldar os requisitos futuros e reduz o cronograma de campo. Essa abordagem, em última análise, permite uma alternativa de campo rápida para os longos prazos de aquisição tradicionais”, disse o Comandante do AFRL, Major-General Heather Pringle.
Entre os contribuintes para o sucesso desse teste estão o Naval Surface Warfare Center Dahlgren, o Standoff Munitions Application Center, Lockheed Martin Missiles and Fire Control, Systima Technologies, R4 Integration e a subsidiária Safran Electronics and Defense Parachutes USA.
Fonte: USAF/AFRL
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