USAF manterá caças F-16 em Spangdahlem, na Alemanha. O Pentágono cancelou permanentemente a transferência das unidade de caças F-16CM da USAF da Base Aérea de Spangdahlem, Alemanha, para a Itália. A Revisão de Postura Global (GPR) cancelou uma decisão do governo Trump que tinha planos para essas alterações, conforme noticiamos aqui em julho do ano passado.
“Não estamos abandonando a Europa ou a OTAN. Estamos aqui. Estamos comprometidos. E, a propósito, provavelmente haverá uma ampliação nessas forças” , disse o porta-voz da USAFE, Capitão Erik Anthony, em entrevista para a Flight Magazine.
Na decisão anunciada pela Casa Branca em junho de 2020, as tropas americanas estacionadas na Alemanha deveriam ser limitadas a 25.000 homens e mulheres. A redução em mais de 12.000 militares, teria exigido a transferência de aviadores da 52nd Fighter Wing para a Base Aérea de Aviano, na Itália.
Conforme o Capitão Anthony, a Revisão da Postura Global incluiu ajustes de curto prazo para as forças dos EUA na Europa, sem especificar quais unidades estariam envolvidas. Desta forma, planos não chegaram a ser implementados.
As decisões de política estratégica do governo do Presidente Donald Trump, foram inicialmente tomadas em resposta ao fato de a Alemanha não cumprir a meta da OTAN de investir 2% do seu produto interno bruto na defesa. Em fevereiro deste ano, o atual Presidente Joe Biden reverteu o limite de 25.000 soldados, fazendo com que o secretário de Defesa Lloyd J. Austin III congelasse as decisões de reorganização anteriores.
Embora os detalhes permaneçam confidenciais, o Pentágono informou que o plano é fortalecer as forças na região Indo-Pacífico, e nos teatros europeus. Anthony advertiu que os ajustes de força na Europa ainda são uma possibilidade, desde que apoiados nas necessidades de missões.
O fato é que há estudos estratégicos em andamento, e de acordo com o Capitão Anthony, isso não quer dizer que as forças não possam se mover entre Spangdahlem e Aviano, se necessário. “Não há nada escrito em pedra, agora”, explicou ele.
A GPR forneceu uma estrutura para tomada de decisões de força, e não movimentos específicos. O Pentágono, no entanto, anunciou que 500 militares que faziam parte de uma Força-Tarefa conjunta permanecerão na Europa, cancelando o retorno para os EUA.
“Haverá um planejamento futuro com base na GPR, mas há uma série de etapas que terão de ser seguidas antes da aprovação e execução”, disse o porta-voz da USAF.
Fonte: AFM
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