Desenvolvimento do Rooivalk Mk II paralisado. As discussões sobre o desenvolvimento do helicóptero de combate Denel AH-2 Rooivalk Mk II ainda continuam apenas em um nível técnico entre Denel e Armscor. Pouco progresso foi feito desde um estudo, de 2016, sobre as necessidades de aviônica e sistemas de armas.
No exercício financeiro de 2015/16, a Denel foi contratada pela Armscor para desenvolver um estudo de obsolescência de armas e aviônicos de Rooivalk Mk.I, para formar a base para uma Definição de Projeto (PD) pelo Departamento de Defesa (DoD) para mapear um caminho para uma atualização dos helicópteros Rooivalk. Cerca de R10 milhões foram alocados para o estudo pelo DoD, que e foi concluído em 2016 com a expectativa de ser ampliado para outros sistemas importantes da aeronave.
Porém de lá para cá nada evoluiu no processo de desenvolvimento da nova geração de helicópteros de combate AH-2 Rooivalk Mk.II. As discussões ainda estão em um nível técnico entre Denel e Armscor e nenhuma provisão orçamentária foi feita pelo Departamento de Defesa para o desenvolvimento da nova versão, indicando que o projeto foi paralisado. Denel não desistiu do Rooivalk Mk.II, já que há um interesse internacional contínuo no helicóptero, mas as limitações de financiamento significam que o projeto não pode avançar. A demora pode “matar” o projeto, que corre o risco de ficar obsoleto frente a novas tecnologias, em especial de aeronaves não tripuladas.
A Denel está há algum tempo procurando uma nova mira montada no capacete, uma nova tela para os aviônicos e a substituição da mira principal. Ela chegou a encaixar um sistema electro-optical Hensoldt Optronics Argos II no helicóptero como uma prova de conceito. O Argos II é fabricado na África do Sul, isso poderia facilitar a logística. Porém o projeto não evoluiu, não porque não é funcional, mas por falta de verbas para ser implementado.
Outras atualizações propostas seriam de aviônicos, rádios, gravadores de dados de voo e computadores de missão. Em relação ao armamento, Rooivalk está equipado atualmente com foguetes FZ de 70 mm e um canhão de 20 mm. Embora projetado especificamente para o helicóptero, o míssil antitanque Mokopa nunca foi encomendado pela SAAF devido a limitações de financiamento.
A Denel quer integrar foguetes guiados a laser de baixo custo como uma opção de arma guiada de precisão para Rooivalk e teve bons resultados nos testes. Em 2015, um foguete FZ guiado por laser foram disparados de um Rooivalk Mk.I, dando precisão de menos de um metro do centro do alvo em distâncias de 4 a 5 km.
Um grande problema com o Rooivalk Mk.I é a confiabilidade de seu canhão, com pilotos reclamando de falhas frequentes durante o combate na República Democrática do Congo (RDC). Como resultado, a Denel, a SAAF e a Armscor iniciaram um projeto de melhoria da confiabilidade do canhão, implementado com a Denel Land Systems (fabricante de canhões) e parceiros, incluindo a divisão da Armscor Flamengro, para trabalho de simulação e modelagem.
O problema é que a Denel Aeronautics além de enfrentar um crise financeira, tem que lidar com a SAAF e o seu limitado orçamento, que quase não possui espaço para investimentos em desenvolvimento de novos vetores. Nem mesmo ações como a instalação do Argos II e a melhoria do canhão do Rooivalik Mk.I estão 100% garantidos. Isto mostra que a paralização do desenvolvimento do Mk.II pode são ser temporária e acabar virando um “abandono de projeto” pela simples falta de recursos financeiros.
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@CAS