UCAV Stealth indiano SWiFT faz testes de taxiamento. Em 22 de outubro, durante a sessão inaugural da conferência para o “Swarnim Vijay Varsh” – o 50º aniversário da guerra Indo-paquistanesa, a Força Aérea Indiana (IAF – Indian Air Force), apresentou em Bangalore, o seu Unmanned Combat Aerial Vehicle (UCAV) denominado SWiFT (Stealth Wing Flying Testbed), um drone conceito do projeto GHATAK, que visa à construção doméstica do primeiro drone stealth indiano.
Além de ser apresentado, na mesma ocasião, o drone concluiu os testes de táxi de alta e baixa velocidade e foi liberado para o primeiro voo, que provavelmente ocorrerá até o final do ano. O SWiFT está equipado com o motor russo 36MT turbofan, produzido pela NPO Saturn. Ele tem um comprimento estimado de 4 m, envergadura de 5 me peso de 1 tonelada, seguindo um conceito aerodinâmico de “Asa Voadora”, visto em projetos como o Sukhoi S-70, Dassault nEUROn, Boeing XQ-25 e o Northrop Grumman X-47B.
O estudo do desempenho do drone demonstrador, em particular quanto às peculiaridades do stealth, será utilizado não só para o GHATAK, mas também para o desenvolvimento do caça de 5ª geração AMCA (Advanced Medium Combat Aircraft). Ambos os projetos são gerenciados pela Defense Research and Development Organization (DRDO), órgão do governo indiano voltado para a pesquisa e o desenvolvimento de materiais de defesa.
O programa de construção do UCAV GHATAK surge da necessidade de a Índia se dotar de um drone capaz de responder às ameaças presentes no contexto regional, especialmente à China, que já desenvolveu uma vasta gama de drones stealth, tais como como o GJ -11 e o CH-7.
A Índia quer um drone sofisticado, seguindo uma tendência mundial de robotização da guerra, emprego de UCAV e de Loyal Wingman, como ocorre com potências Estados Unidos e a Rússia.
Essa tendência se manifestou especialmente nos últimos tempos, em conflitos onde houve uso generalizado de drones: do Bayraktar TB2, de produção turca, no conflito de Nagorno-Karabakh, aos quadricópteros mais rudimentares usados pelo Estado Islâmico na Síria.
A isso devemos somar a intenção indiana de desenvolver uma capacidade autônoma na produção de drones, para aumentar o know-how nacional.
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