China: imagens revelam um J-20 biplace. Depois de muitos rumores na mídia especializada, finalmente surgem as primeiras imagens nítidas de um caça stealth Chengdu J-20 biplace. Ainda sem um definição de fábrica ou do Governo Chinês (PLAAF). Até agora, ele vem sendo chamado informalmente de J-20S, J-20AS ou mesmo J-20B. Trata-se do primeiro caça stealth biplace do mundo.
Seja J-20S, J-20AS ou J-20B, o primeiro jato de caça stealth biplace do mundo é real e fez uma aparição muito interessante em 27 de outubro de 2021, taxiando ainda com tinta de primer, na fábrica da Chengdu Aerospace Corporation (CAC), em Chengdu – Sichuan/China. As foto circularam em várias redes sociais.
A grande novidade é ele ser biplace. Até então, todas as aeronaves da 5ª geração furtivas anteriormente fabricadas, tinham apenas a versão monoposto, inclusive o próprio J-20. Mas qual o propósito disto? A versão de dois lugares dará à China várias oportunidades interessantes. O primeiro e mais óbvio, seria que eles passariam a ter versão biplace de seu caça da mais moderno que poderá ser usada para treinar os futuros pilotos de J-20 do PLAAF – People’s Liberation Army Air Force’s.
Porém, como as aeronaves mais modernas são muito mais fáceis de manusear e tem o amparo de treinamento sintético de última geração, os benefício apenas para formação de pilotos seriam quase desprezíveis e caros.
Originally tweeted by 彩云香江 (@louischeung_hk) on 27 de October de 2021.
O mais provável é que o segundo assento seja ocupado por um especialista em armas e sensores de EW, que também atue gerenciando UAS tipo alas leais (loyal wingman), proliferação de enxames de drones, drones kamikazes e o uso de sistemas com AI (inteligência artificial) voltada para área de ISR (inteligência, vigilância e reconhecimento) e emprego armas inteligentes. Tarefas que seriam complicadas, pela saturação de informação vindas dos diversos sensores, de ser executada com eficiência por um só tripulante.
Com um segundo cérebro a bordo, esse problema é resolvido (obviamente, dentro de certos limites) liberando o piloto para pilotar a aeronave e focar em tarefas essenciais ao voo. Isto é o mais lógico e prático para justificar os custos de desenvolvimento de uma versão biplace.
Será que a China, a CAC e a PLAAF estão criando um no conceito para o emprego de caças de 5ª e 6ª Geração? Ter um biplace dedicado a missões especiais, como o controle de alas leais será um novo padrão?
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