Escolha da Rolls-Royce no projeto CERP do B-52H não foi questionada. Nenhuma empresa concorrente apresentou recursos contra a escolha da Rolls-Royce North America para fornecer novos motores para a frota de B-52 da USAF. O prazo foi encerrado sem reclamações apresentadas no processo do Government Accountability Office.
O prazo para reclamações encerrou na segunda-feira (25/10), dez dias após a divulgação do resultado da licitação, para as empresas não selecionadas, solicitarem informações sobre os motivos pelos quais não foram selecionadas.
Em 24 de setembro, a Rolls-Royce foi anunciada vencedora do Programa CERP (Commercial Engine Replacement Program), que visa a substituição dos motores da frota de 76 “octamotores” B-52. A empresa fornecerá 650 motores F130, por um valor aproximado de US$ 2,6 bilhões.
A USAF recebeu quatro propostas para o programa CERP, e por questões contratuais, não revela o nome das empresas competidoras. Entre essas empresa estão a GE Aviation e a Pratt & Whitney, que divulgaram a sua participação. Esperava-se que uma das duas entrasse com recursos.
Um protesto formal é uma ação regular – e esperada – neste tipo de concorrência, pela qual uma empresa apresenta os seus motivos em desacordo ao resultado do certame. As empresas também podem tomar medidas por meio do Tribunal de Reclamações Federais dos Estados Unidos, uma via que ainda pode estar aberta a um concorrente não selecionado.
A proposta de Rolls-Royce era substancialmente mais baixa do que as próprias estimativas de valor estimado pela USAF para o CERP, cujo valor esperado estava na casa dos US$ 10 bilhões. O contrato prevê motores sobressalentes, equipamentos de suporte, dados de engenharia comercial e atividades de suporte. Ainda não foi definido um cronograma para o iníco das instalações.
O programa CERP está em andamento desde 2018 e é um dos primeiros a ser um programa “e-Series”, conduzido de forma digital e sem papel. A USAF espera que os novos motores tenham um alcance até 40% melhor do que os atuais P&W TF33, com os quais os B-52s voam há 59 anos.
Fonte: Air Force Magazine
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