Lockheed Martin competirá pelo Advanced Fighter Trainer da USAF. A Lockheed Martin oferecerá uma solução para a nova aeronave Advanced Tactical Trainer (ATT) da USAF. Sem informar detalhes, a empresa desenvolverá o jato que fará a ponte entre a formação básica de voo e a conversão completa para pilotos de caça.
Em 12 de outubro, a USAF emitiu um pedido de informações buscando o interesse da indústria em um Treinador Tático Avançado, dizendo que necessita entre 100 e 400 aviões. Leia detalhes da solicitação na notícia que publicamos aqui.
“A Lockheed Martin é líder em soluções na indústria aeronáutica, oferecendo recursos em todo o espectro de aeronaves de treinamento e combate. Ela fez avanços significativos em engenharia digital e arquiteturas abertas que estão acelerando o desenvolvimento, a produção, as atualizações e a capacidade de resposta”, disse um porta-voz da empresa, que completou “Assim, a empresa revisará os requisitos do pedido para o ATT, e desenvolverá a melhor solução para atender às necessidades futuras da USAF.”
Questionado se a Lockheed Martin estaria pensando em oferecer o KAI T-50A, aeronave que a empresa norte-americana tem parceira com a sul-coreana Korea Aerospace Industries, e que ficou em segundo lugar na competição TX Advanced Trainer da USAF, ou se oferecerá um produto novo, o porta-voz não quis comentar sobre o assunto.
A resposta cuidadosamente formulada, sugere que a Lockheed Martin poderá de fato oferecer um novo projeto, para contrapor ao T-7A Red Hawk da Boeing, que foi selecionado em grande parte por causa de sua abordagem adaptada aos requisitos do Programa TX, além do tempo recorde em que a empresa projetou e produziu os protótipos do novo treinador.
A declaração da Lockheed Martin enfatiza que ela também tem esta capacidade de engenharia e produção. Recentemente a empresa inaugurou uma nova unidade de produção em sua Skunk Works Plant 42, em Palmdale, na Califórnia, voltada especificamente para a produção de projetos de sistemas avançados, de curta duração e prototipagem rápida.
Fontes da indústria disseram que no momento da seleção do TX, a Lockheed Martin estava levando os planos da USAF ao pé da letra, quando ela disse que preferia um avião naquela competição. Assim, a empresa uniu-se à KAI para desenvolver o T-50, com a intenção de oferecê-lo como um substituto do T-38 no início dos anos 2000, mas essa competição foi adiada por mais de uma década.
Conforme essas fontes, a empresa inicialmente acreditava que este projeto ofereceria menor risco e custo, mas a Boeing chegou com uma proposta de um projeto digital, cerca de US$ 10 bilhões menor do que a USAF esperava, e foi convencida que um produto novo seria a solução de menor custo.
A Lockheed Martin pensa que provavelmente conseguirá um contrato com a USAF para o T-50, como um substituir o Boeing T-7A, no programa de treinamento “Reforge” para pilotos de caça. Mas o T-7A tem sido muito elogiado pelas autoridades, como peça chave para o programa “Reforge”, com baixos custos e o benefício dos simuladores, infraestrutura e material didático que virão com os T-7A.
O T-7A não é um player direto do programa ATT. A USAF quer uma aeronave que tenha alguns recursos como hardpoints nas asas, o que o T-7A não possuem. Além disto, a USAF quer uma aeronave de combate menos sofisticada, com a qual possa fazer parcerias com países que não dispõem de recursos para adquirir caças como o F-35 ou o F-16. O ex-presidente da Skunk Works, Rob Weiss, disse que a empresa desenvolveu um projeto novo para o Programa TX, mas o abandonou quando os custos sugeriram que a abordagem de desenvolvimento não atendia melhor às necessidades da USAF.
Fonte: Air Force Magazine
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@FFO