173rd FW – A Escola de F-15C/D da USAF. Aspirantes a pilotos de F-15 Eagle chegaram ao 173rd Fighter Wing (173rd FW) para trabalhar no que muitos chamam de o curso mais desafiador da USAF – o curso B. Está é a única escola de formação de pilotos para o Boeing F-15C da USAF. Parte do treinamento está sendo feito por uma simples e inovadora ferramenta de realidade virtual, que está ajudando a fomentar e facilitar o caminho dos futuros pilotos de caça de 1ª linha da USAF.
A 173rd FW é a unidade da Oregon Air National Guard (ANG) e lar do 114th Fighter Squadron (114th FS), unidade que além de cumprir suas tarefas de defesa aérea, é a responsável por formar todos os pilotos de F-15C/D para a USAF e a ANG. Sua base é na Kingsley Field ANGB, em Klamath Falls, Oregon.
Para o quadro de instrutores, o desenvolvimento desses futuros pilotos exige manter um olho constante no papel da tecnologia para formar dos membros mais novos da frota. O Tenente-Coronel Julius Romasanta é um instrutor de F-15, e também, piloto comercial de linha aérea, quando não está usando seu uniforme militar. Ele explica que os pilotos se preparam para uma missão visualizando o processo do início ao fim, antes mesmo de entrar na aeronave, o que exige foco, mas garante bons resultados.
“Todos nós voamos de cadeira”, disse ele. “É a coisa mais importante que fazemos para nos prepararmos para qualquer missão.”
Ele prossegue dizendo que “voar de cadeira” é o processo de usar a imaginação para se preparar mentalmente, visualizando cada passo do táxi até o pouso. Embora esse processo de visualização seja importante, ele tem suas desvantagens, a principal delas é o fato de que a visualização não é real, é a melhor estimativa de como será uma determinada situação.
Por exemplo, imaginar como seria a aproximação de um avião-tanque para a primeira tentativa de reabastecimento ar-ar de um aluno é geralmente muito diferente da realidade.
Porém a tecnologia tem mudado esse desenho no treinamento militar e civil. Ele está trazendo uma nova ferramenta para os pilotos estudantes da 173rd FW, que ele chama de “voo em cadeira aprimorado”. Com um laptop padrão, joystick, manete de aceleração e alguns óculos de realidade virtual, que estão disponíveis em lojas de eletrônicos ou jogos, cada aluno pode assistir a missões de voo reais gravadas ou voar missões simuladas de sua mesa ou até estudando em casa.
“Quando digo ‘voar de cadeira’, normalmente quero dizer que você pode imaginar como será sua missão”, disse ele. “Bem, agora você pode realmente voar a missão e vivenciá-la, enquanto controla a aeronave por si mesmo.”
Os alunos podem praticar dogfighting e voo em formação, apenas ligando o computador e colocando os óculos de realidade virtual, bem como lutar contra outro aluno, simplesmente conectando dois computadores, acrescentou.
“O treinamento de Realidade Virtual é uma ótima ferramenta para aprender as Manobras Básicas de Combate”, disse o aluno piloto 1ª Tenente Martin Sipe. “Aprender os conceitos e ver imediatamente como deve ser do ponto de vista do piloto é muito importante para nos preparar para o voo real.”
Quando os alunos vestem seus óculos de realidade virtual, o sistema mostra a eles o aeródromo de Kingsley Field do ponto de vista da cabine do piloto. Então, desde o início da missão até o regresso eles já vão se ambientando com a base, os locais de treinamento e as manobras que irão executar no voo real. Romasanta conseguiu isso capturando vídeo durante suas missões de treinamento, e com a ajuda de diversos setores envolvidos no treinamento, foi possível criar este cenário virtual completo. A fim de garantir que o aplicativo de RV fosse adequado para uso doméstico, ele pediu ao pessoal do Comando de Combate Aéreo para revisar sua filmagem e limpar o produto.
“Este é o uso perfeito da tecnologia VR. Mostrar às pessoas onde você está indo, como é e quanto tempo vai demorar.”
Os alunos pilotos também contam com os simuladores de última geração na base, que proporcionam uma experiência totalmente envolvente, porém essa facilidade não está disponível fora do expediente e nem a todos os alunos ao mesmo tempo.
“Minha tarefa inicial era ‘fornecer algo que os alunos pudessem levar para casa’”, disse Romasanta.
Este “voo de cadeira aprimorado” não substitui o valioso tempo do aluno no simulador, mas adiciona outra camada a ele. É uma camada que provavelmente se tornará um padrão para as aulas dos futuros pilotos, pois combina baixo custo e treinamento realista, que tem como principal vantagem criar uma intimidade mental prévia com o voo.
Fonte: 173rd FW.
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