USAF de olho no Boeing E-7 Wedgetail. A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) está considerando adquirir o Boeing E-7 Wedgetail como substituto para sua frota de aeronaves Boeing E-3C Sentry AWACS (Airborne Warning and Control System). Se isto acontecer, a USAF se tronará o quinto país a voar a versão de alerta aéreo antecipado (AEW&C – Airborne Early Warning and Control) baseada no Boeing 737NG.
“O E-7 é uma boa plataforma”, disse o General Charles Brown, chefe do Estado-Maior da USAF, durante a conferência Air Space Cyber da Associação da Força Aérea em 21 de setembro. “É algo que estamos considerando.” Brown disse que ele e sua equipe têm conversado com os chefes da Força Aérea Real Australiana (RAAF) e da Força Aérea Real do Reino Unido (RAF) sobre a aeronave. A RAAF opera seis exemplares e a RAF encomendou três. Além desses, a Republic of Korea Air Force (RoKAF) e a Turkish Air Force (TuAF) operam quatro unidades cada.
A preferência demostrada pela USAF pelo E-7 é natural uma vez que além de ser um dos únicos vetores deste porte em serviço, é fabricado localmente e é usado por aliados, o que facilita – como ocorre com o E-3 a interoperabilidade. Projetos como o GlobalEye da Saab, or exemplo, além de ser uma aeronave de menor porte, não está tão maduro operacionalmente como o E-7.
O E-7 é baseado no avião comercial Boeing 737NG. Seu principal sensor é radar Northrop Grumman Electronic Systems Multi-role Electronically Scanned Array (MESA), cuja antena está disposta no topo de sua fuselagem. Ao contrario do radar Northrop Grumman AN/APY-1/2 AWACS, que emprega uma antena em forma de um disco rotativo sobre a fuselagem, usado pelo E-3.
A USAF opera um frota de 31 E-3, com possui uma idade média de 42,8 anos. Isto mostra que em breve a USAF nao terá opções, se não substituir o Sentry, hoje o único vetor de alerta aéreo antecipado e controle, que são usados para detectar, identificar e rastrear aeronaves inimigas.
Em fevereiro, o comandante das Forças Aéreas do Pacífico (PACAF), General Kenneth Wilsbach, disse que a idade média da frota E-3 estava dificultando a manutenção do tipo. Wilsbach defendeu a compra do E-7, mas na época Brown não quis comentar, dizendo que a aeronave precisava ser mais estudada.
Brown diz que os estudos estão em andamento, mas o E-7 é atraente porque é uma “capacidade comprovada e já está disponível. É uma opção ser capaz de obter capacidade muito mais rápido do que se tivéssemos que começar do zero”.
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