Boeing propõe um novo míssil ar-ar de 2 estágios. A Boeing está propondo um novo míssil ar-ar de alcance ultralongo disposto em dois estágios em resposta a um pedido do Air Force Research Laboratory (AFRL) da USAF que está estudando ideias e conceitos para armas de próxima geração. O AFRL deu a indústria ampla liberdade para determinar quais soluções têm as melhores características, em termos de vários estágios, novos propelentes, motores RamJet, sistemas de guiagem entre outros.
No entanto, especificou que está particularmente interessado no potencial dos foguetes de combustível sólido com empuxo múltiplo (multi pulse rocket) e em novas combinações de combustível, capazes de garantir velocidades e alcances superiores ao atual AIM-120 AMRAAM.
A USAF e a Marinha dos EUA já têm um programa de aquisição em andamento para um novo míssil, o AIM-260 Joint Air Tactical Missile (JATM) desenvolvido pela Lockheed Martin, que usa um sistema de impulso avançado com multi-foguete, sem Ramjet.
O conceito de Míssil Ar-Ar de Longo Alcance (LRAAM – Long-Range Air-to-Air Missile) proposto pela Boeing visa obter alcance máximo através do uso de uma seção de reforço que, após propulsionar o míssil do lançamento até uma determinada distância e velocidade, se destaca, acionando um segundo estágio. É uma solução relativamente comum para mísseis ar-superfície, mas comum em mísseis ar-ar. Segundo a Boeing, o próprio míssil, livre do peso do propulsor, pode desenvolver maior velocidade e agilidade terminal. O uso do termo “veículo mortal” para identificar o míssil sugere um método de combate centrado no impacto direto (bater para matar), em vez da detonação de proximidade de uma grande ogiva. Existe a possibilidade de o LRAAM gerar dois mísseis. Por ser um míssil Hit to Kill, ele poderia ser empregado nas arenas ar-ar de curto e médio alcance, com a primeira configurado apenas com um estágio.
O novo míssil poderia atender ao requisito de arma de engajamento de longo alcance, um projeto separado gerenciado diretamente pelo gabinete do secretário de Defesa. Supondo que o LRAAM seja um míssil muito maior do que o AMRAAM, pelo menos quando completo com dois estágio de propulsores, ele poderia vincular-se à intenção da USAF de usar o novo F-15EX como porta mísseis ar-ar “superdimensionados” para combates a grande distância e, portanto, fora da “bolha” das defesas aéreas inimigas.
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@CAS