Novos mísseis para os F-35 italianos e britânicos. A MBDA e a BAE Systems garantiram financiamento adicional dos governos britânico e italiano para completar a integração dos principais sistemas de armas destinados a aumentar a capacidade de suas frotas de Lockheed Martin F-35. O anúncio foi feito no dia 17 de setembro durante a na conferência Defense and Security Equipment International (DSEI) realizada no ExCeL London Centre em Newham, em Londres.
A injeção financeira permitirá que o míssil de ataque ar-superfície de precisão SPEAR da MBDA e o míssil Beyond-Visual-Range Air-to-Air Missile (BVRAAM) MBDA Meteor sejam integrados a aeronave. As armas se juntarão à bomba guiada de precisão Paveway IV da Raytheon UK e ao míssil de curto alcance MBDA ASRAAM (Advanced Short Range Air-to-Air Missile) como armas britânicas integradas no F-35 da Royal Air Force (RAF).
A Royal Air Force selecionou o SPEAR e o Meteor para sua frota de F-35, enquanto o envolvimento italiano tanto para a Aeronatica Militare Italiana (AMI) como para a Marina Militare, se refere apenas à armas ar-ar. Isso pode mudar, no entanto, já que os italianos mostraram interesse no SPEAR. Não foi divulgado o valor total do investimento, mas estima-se que esteja em torno de US$ 400 milhões. Os britânicos estão fornecendo a maior parte do dinheiro.
De acordo com as disposições do contrato para o F-35, o trabalho de integração é subcontratado pelo fabricante da aeronave, Lockheed Martin, com a ajuda da BAE Systems.
Em 2019, o financiamento inicial foi concedido pelo construtor F-35 Lockheed Martin para iniciar a integração dos mísseis Meteor e SPEAR no F-35, embora os primeiros trabalhos estivessem em andamento antes disso. A data para a introdução dos mísseis no F-35 continua em discussão, mas a ambição da RAF é ter as armas disponíveis até o final de 2024.
Paul Mead, diretor de desenvolvimento de negócios do grupo, na MBDA disse: “Estamos muito satisfeitos que o trabalho continue em ritmo acelerado para fornecer capacidade Meteor e SPEAR para o F-35”.
O Meteor já está em serviço nos Typhoon operados pelas RAF e AMI. A decisão de hoje parece encerrar a questão de disputa americana e europeia sobre a integração de armas no F-35. No início deste ano, o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, disse a um Comitê de Defesa parlamentar que ficaria relutante em comprar mais F-35 até que uma questão sobre colocar as armas europeias fosse resolvida.
@CAS