Talibã retém aeronaves americanas em Mazar-i-Sharif. Não só de Cabul há pessoas querendo deixar o Afeganistão, após a queda do governo e a assunção ao poder do Talibã. Cidades como Kandahar e e Mazar-i-Sharif, em pontos opostos da capital, também são locais onde há diversos estrangeiros e afegãos com desejo de sair do país. Ontem, novos relatos dramáticos de pessoas querendo fugir do Talibã vieram a tona, desta vez, com ares de um impasse diplomático com o governo dos EUA que pode ser até definido como uma “situação com reféns”.
Michael McCaul, o principal republicano no Comitê de Relações Exteriores da Câmara, disse à Fox News ontem que havia seis aviões prontos para transportar cidadãos americanos e intérpretes afegãos a partir do aeroporto de Mazar-i-Sharif. “O Departamento de Estado liberou esses voos para pousarem no Catar, mas o Talibã não os deixará sair do aeroporto. Sabemos a razão porque o Taleban quer algo em troca”.
Os aviões tentaram deixar o aeroporto nos últimos dias. A Ascend, uma ONG que auxilia refugiados confirmou à BBC que havia pessoas esperando para embarcar em um dos voos, sem contudo serem liberados. Para muitos, o Talibã tem “radicais dentro dos radicais” e os comandantes do Talibã no interior seria mais arraigados as convicções que norteiam o grupo que aqueles em Cabul.
O Talibã negou as acusações, rotulando-as como propaganda. O porta-voz Zabihullah Mujahid disse à BBC: “Isso não é verdade. Nossos Mujahideen não têm nada a ver com os afegãos comuns. Isso é propaganda e nós a rejeitamos.”
Em um e-mail, enviado ao Congresso no final de semana, o Departamento de Estado reconheceu que havia voos charter em Mazar-i-Sharif e que o Taleban não permitirá que voem até que tenham aprovado a partida, o que significa, verificar quem está relacionado para deixar o Afeganistão. Informações, ainda não confirmadas, apontam que seriam no mínimo seis aeronaves e aproximadamente 1.000 passageiros em voos organizados pelos Estados Unidos.
Em uma imagem de satélite divulgada no dia 5/09, é possível ver seis aeronaves no aeroporto de Mazar-i-Sharif, sendo dois Airbus A340 e quatro Boeing 737, que aparentemente foram arrendados para retirar refugiados do Afeganistão para o Catar, de lá serem enviados em aeronaves da USAF para os EUA.
Suposições de qual a razão do Talibã estar restringido o embarque, vão desde o o regime estar perseguindo afegãos dissidentes; evitando que mulheres/meninas evadam do país e até mesmo divergencia entre as lideranças. Mas também não devemos desconsiderar que parte disto seja peo fato dos EUA ainda estar evacuando pessoas, memo depois da retirada oficial em 31 de agosto.
Fontes do congresso dizem que uma das possibilidades é que o governo do Talibã esteja pressionando o Governo dos Estado Unidos – leia-se Presidente Biden, a reconhecer e legitimar o Governo do Talibã, bem como fazer com que os EUA forneça ajuda. O
O fato é mais uma pedra do sapato de Joe Biden, que não interrompeu suas férias em Delaware. Parte da imprensa americana relembra que Trump havia previsto isto em entrevista de 17 de agosto passado a Fox News – que americanos poderiam ficar reféns do Talibã que exigiria.
“Eles têm todas essas pessoas e posso garantir que os consideram reféns. E vamos ver o que acontece nas próximas semanas. Mas esta não é uma história que acabou hoje ou ontem. Essa é uma história que vai se prolongar por muito tempo. E pode ser um final muito, muito ruim”. – Donald Trump
Veja aqui a fala de Trump: https://rumble.com/vlc02n-president-trump-on-americans-in-afghanistan-i-can-guarantee-you-they-consid.html
@CAS