USAF preferiu os C-17/C-130 ao invés dos KC-10/KC-46/C-5M. Na crise humanitária do Afeganistão, que explodiu em agosto gerando – segundo o US DoD, a maior e mais complexa operação de evacuação já realizada pelos Estado Unidos, uma detalhe chamou a atenção. Por que a USAF escolheu basicamente aeronaves Boeing C-17A e Lockheed Martin C-130J e não empregou vetores de maior porte como os Mc Donnell Douglas KC-10, Boeing KC-46A Pegasus e Lockheed Martin C-5M Galaxy.
Segundo a USAF, a opção pelos C-17A e C-130J foi estratégica. Segundo a porta-voz da USAF, a Major Hope Cronin, informou no dia 25 de agosto, os C-17As e os C-130s foram usados para transportar os evacuados para bases intermediárias. Devido ao caos no Aeroporto Internacional Hamid Karzai em Cabul, empregar vetores maiores como o KC-10 ou mesmo a maior aeronave da frota o C-5A, facilitaria a evacuação por poder transportar mais pessoas, mas não era seguro.
O Comando de Mobilidade Aérea preferiu carregar no piso cerca de 400 passageiros por C-17A para maximizar o número de evacuados mas, não arriscar algum incidente com um C-5 ou KC-46. Em alguns casos, outras aeronaves, como o McDonnell Douglas KC-10A Extender e o C-5M, foram usadas para transportar evacuados de bases intermediárias, como no Qatar, para os Estados Unidos em conjunto com aeronaves parceiras da Frota Aérea da Reserva Civil, recentemente ativada.
A Maj Cronin também disse que outras aeronaves da USAF usadas no esforço como o Boeing KC-135 Stratotanker e os KC-46A Pegasus, mas sempre de bases intermediárias. Na prática vetores como KC-10/KC-46 não tem a mesma capacidade de manobra dos C-17/C-130 para desviar de um ataque de MANPADS, vindo tanto de simpatizantes pro Talibã, como do ISIS-K. Já o C-5A além de ter a mesma dificuldade do KC-10/KC-46, iria criar uma dificuldade logística no aeroporto, além de ser em solo um alvo preferencial, pois seu ciclo no solo para reabastecer e embarcar seria muito maior que dos C-17 e C-130.
Fonte: USAF
@CAS