Armada Argentina desativa único Grumman S-2T Turbotracker operacional. Em 16 de julho, a Armada Argentina realizou o último voo do Grumman S-2T Turbotracker, matrícula 0703/2-AS-24, operado pelo Escuadrilla Aeronaval Antisubmarina (EA2S), única aeronave deste modelo em serviço no Comando de Aviação Naval, com sede na Base Aérea Naval Comandante Espora. Após o pouso, o bimotor foi encaminhado para preservação no Arsenal Naval Comandante Espora (ARCE).
Dois dias antes, o 0703/2-AS-24 fez um deslocamento até Mar del Plata, para se despedir dessa que é uma das bases históricas do EA2S. Como parte da programação de despedida, o Turbotracker realizou algumas passagens noturnas, a baixa altura, com o seu poderoso holofote iluminando o solo.
A tripulação do último voo na Base Aérea Naval Cmte. Espoera, estava composta pelo Capitão da Fragata Fernando Sebastián Gigena, Tenente Comandante Norberto Baungartner, Cabo Principal Aeronáutico Milton Leguizamón e Cabo Primero Aeronautico Belen Dorado.
Com a desativação do último S-2T operacional, o Escuadrilla Aeronaval Antisubmarina não terá meios para cumprir as suas missões de patrulha e guerra antissubmarino (ASW), no Atlântico Sul. Esta mesma situação foi experimentada em 2013, quando os três Turbotracker da unidade foram paralisados por restrições orçamentais. Somente em 2016, com a reativação do 0703/2-AS-24, o Esquadrão retomou as atividades.
As informações são que a situação de inoperância atual é temporária, e deverá durar algumas semanas (ou meses), até que o Esquadrão “Buhos” (como é conhecido o EA2S), receba outro Turbotracker, o 0702/2-AS-23.
O Comando de Aviación Naval da Armada Argentina não tem planos imediatos para a substituição dos Grumman S-2T Turbotracker da Escuadrilla Aeronaval Antisubmarina, última força militar do mundo que ainda opera este vetor de guerra antissubimarino. Esta é a mesma situação que passa o Escuadrilla Aeronaval de Exploración, que atualmente não tem nenhum P-3B Orion operacional, enquanto aguarda a reativação do 6-P-56, que há alguns anos está em revisão estrutural na FAdeA.
Caso não sejam tomadas medidas imediatas para reverter esta situação, a Argentina não contará com meios aéreos para a realização de missões de guerra antissubmarina, vigilância e patrulha marítima do seu mar territorial.
@FFO