Israel volta a bombardear Gaza. Após quase um mês do acordo de cesar-forgo formalizado dia 21 de maio, entre Israel e os grupos terroristas liderados pelo Hamas, a Força Aérea de Israel (IAF – Israel Air Force) voltou a realizar ataques aéreos a alvos na Faixa de Gaza. Na noite de 16 de junho caças F-16 atacaram um campo de treinamento do Hamas na Faixa de Gaza. Segundo fontes das Forças de Defesa de Israel (IDF – Israel Defense Forces) os alvos eram “campos e locais de encontro para combatentes onde atividades terroristas estavam ocorrendo. As Forças de Defesa de Israel estão se preparando para todos os cenários possíveis, incluindo a retomada das hostilidades, face as operações terroristas em andamento na Faixa de Gaza”, disse o comunicado.
Na noite de 17 de maio, outros ataques aéreos foram feitos, desta vez, em resposta ao lançamento de balões incendiários por parte do grupo Hamas pelo terceiro dia consecutivo contra o território israelense. Segundo o IDF, aeronaves de combate atingiram “complexos militares e um local de lançamento de foguetes do Hamas em resposta aos ataques com balões, que estariam sendo produzidos nestes locais”.
Segundo as forças de segurança palestinas, a Força Aérea israelense teve como alvo pelo menos um local a leste de Khan Younes, cidade no sul da Faixa de Gaza com 2 milhões de habitantes. Não houve relatos de vítimas dos ataques. Fontes da impresa local, inclusive a Rádio Hamas, afirma que mais de um alvo foi alvejado pelas aeronaves.
O novo primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, advertiu que o governo não pretende tolerar o lançamento de balões incendiários e deve reagir de maneira equivalente ao lançamento de um foguete do Hamas.
O Hamas ameaçou publicamente agir com atos de terrorismo como resposta à marcha nacionalista de Israel em Jerusalém Oriental, realizada na terça-feira dia 15. Conhecida como “Marcha da Bandeira” ou “Yom Yerushalaim” (Dia de Jerusalém), ela celebra o aniversário da reunificação de Jerusalém em 1967 e foi considerada uma provocação para palestinos, que tentaram impedir a passeata e foram dispersados pela polícia.
Os discursos de ambos os lados, provocações e protestos, amplificam o medo da retomada de um conflito aberto, como o ocorrido mês passado. De 10 a 21 de maio, mais de 4.340 foguetes foram disparados sobre o território israelense da Faixa de Gaza feitos por grupos extremista, liderados pelo Hamas, dos quais aproximadamente 640 lançamentos fracassaram caíram na Faixa de Gaza. O Sistema de Defesa Aérea Iron Dome interceptou mais 3.330 foguetes – algo próximo a 90% dos foguetes que invadiram o espaço aéreo de Israel.
Como resultado Israel, disparou a Operação Guardian of the Walls (Guardião dos Muros), onde executou diversas ações militares, em especial, um intenso bombardeio à Faixa de Gaza. Desde o início dos combates, em 10 de maio, 232 palestinos morreram e mais de 1,9 mil ficaram feridos em bombardeios aéreos. Do lado de israelense, são 12 mortos e mais de 660 feridos ou pessoas que necessitaram assistência médica. Israel diz que matou pelo menos 160 combatentes.
@CAS