Entraram em operação os novos procedimentos na TMA-SP Neo. Já está em operação o Projeto TMA-SP Neo: Reestruturação da Área de Controle da Terminal (TMA) São Paulo. O empreendimento integra o Programa SIRIUS Brasil, que trata da estratégia de evolução do Sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM), sob a responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE). As atividades tiveram início no dia 20 de maio.
O primeiro voo no novo procedimento foi de uma aeronave da Azul Linhas Aéreas (AZU2014), que utilizou o Point Merge System, método que visa otimizar o sequenciamento das aeronaves em descida para pouso, especialmente nos momentos de alta demanda. O Aeroporto de Guarulhos tem o maior volume de tráfego aéreo, com mais de 24 mil voos por mês.
Funcionamento
As aeronaves entram por dois arcos, separadas por mil pés, cerca de 300 metros. Cada uma, no momento adequado, segue para um ponto de convergência – o Point Merge, prosseguindo para o pouso. Utilizado em alguns países do mundo, o método será aplicado para as aeronaves que acessam a Terminal São Paulo. As TMA Rio de Janeiro (RJ), Pirassununga (YS), Curitiba (CT), Florianópolis (FL) e Porto Alegre (PA) também foram adaptadas para atender a nova circulação de São Paulo.
O primeiro pouso foi acompanhado pelos Controles de Aproximação de São Paulo (APP–SP); pelo Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares; pelo Comandante do CRCEA-SE, Coronel Aviador Chrystian Alex Scherk Ciccacio; pelo Diretor do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), Coronel Engenheiro Alessander de Andrade Santoro; pelo gerente do Projeto TMA-SP Neo, Major Aviador Sergio Luiz Marques Malecka, dentre outros militares envolvidos no Projeto.
De acordo com o Brigadeiro Miguel, o principal ganho será no balanceamento dos setores da Terminal São Paulo, o que vai refletir no aumento da capacidade do fluxo aéreo. “Este procedimento possibilita que a aeronave reduza a necessidade de fazer esperas usuais, permitindo uma aproximação mais rápida, o que otimiza os fluxos dos movimentos que se aproximam para Guarulhos”, disse.
Implantação
A implantação foi dividida em duas fases. A primeira, de transição, foi iniciada no dia anterior, com a entrada do novo ciclo de Regulamentação e Controle de Informação Aeronáutica – calendário internacional e permanente – estabelecido pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que fixa as datas para a divulgação de dados ou mudanças relacionadas à infraestrutura da navegação aérea, bem como novos procedimentos de voo.
Durante quatro horas, alguns procedimentos da circulação aérea anterior permaneceram sendo utilizados para que a troca para o novo fosse feita em um momento mais apropriado, de baixa demanda.
Para o Diretor do ICA, Coronel Santoro, o sucesso na implementação era esperado já que, em todo o trabalho realizado, o que se almeja é a melhoria do espaço aéreo para os usuários dos serviços. “São poucos os países no mundo que têm capacidade, conhecimento ou condições de realizar um projeto como este que executamos no espaço aéreo brasileiro”, esclareceu.