Irã apesenta seu novo UCAV batizado de “Gaza”
Irã apesenta seu novo UCAV batizado de “Gaza”. A agência oficial do Governo do Irã informou no dia 21 de maio, que a Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) recebeu um novo veículo aéreo não tripulado chamado localmente de Gaza. Segundo dados preliminare trata-se de um UCAV (Unmanned Combat Aerial Vehicle) que tem design muito similar a outros sistemas aéreos não tripulados do mercado como o Elbit 450 Hermes ou o CAIG Wing Loong II.
Segundo dados da mídia iraniana ele é do tipo MALE (Medium-Altitude Long-Endurance) capaz de permanecer no ar por até 35 horas em missão em um raio de 2 mil quilômetros. Tem capacidade de transportar até 500 kg de carga útil, o que incluiria 13 bombas ou mísseis air-solo, sensores e sistemas de comunicação. Se comparado ao MQ-9 Reaper, o Gaza tem características parecidas em alcance e autonomia, mas leva 1/3 a menos de carga externa.
O comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, General Hussein Salami disse: “O novo avião será orgulho eterno para aqueles que hoje são firmes nas terras ocupadas contra a agressão dos sionistas.”
O Exército de Guardiães da Revolução Islâmica, conhecida popularmente como Guarda Revolucionária Iraniana, é uma divisão das forças armadas do Irã, fundada depois da Revolução Iraniana de 1979. Ao contrário das Forças Armadas do Irã, que segundo a constituição tem como dever proteger as fronteiras e ordem interna, a Guarda Revolucionária tem como objetivo proteger o sistema político da república islâmica e a revolução.
Também foi apresentado na cerimônia sistema de radar “Quds” e um sistema de mísseis superfície-ar apelidado de “9 de Dey”, que é capaz de engajar e destruir várias ameaças, como mísseis de cruzeiro e drones. O Irã é acusado de ajudar o grupo de combatentes do Hamas na Faixa de Gaza, fornecendo foguetes e lançadores. Vale ressaltar que o Irã tem investido muito em drones e UAS.
A apresentação soou como uma provocação para Israel, ainda mais que veio no mesmo dia do cessar-fogo, após 11 dias de combates entre palestinos da Faixa de Gaza e as tropas da Israel Defense Forces (IDF). O nome, que também é em homenagem aos que lutam contra Israel, também soou como um recado e é provável que estes UCAV em breve estejam nas mãos de grupos como Hamas e Hezbollah.
O Salto dos conflitos foram de 243 palestinos mortos, mais de 1900 feridos mártires, segundo o Ministério da Saúde Palestino. Já Israel contabilizou 12 mortos e mais de 650 feridos.