Estudo da USAF visa a redução de modelos das aeronaves de caça
Estudo da USAF visa a redução de modelos das aeronaves de caça. Falando em uma palestra na McAleese FY2022 Defense Programs Conference, em 12 de maio, o General Charles Q. Brown Jr., Chefe do Estado-Maior da USAF, informou que a Força Aérea estuda a redução na quantidade de modelos de caças. Atualmente, sete tipos compõem a primeira linha de combate da USAF, e esta lista seria reduzida para apenas quatro, sendo que o F-22 Raptor estaria fora da nova composição.
A decisão faz parte do estudo “TacAir”, lançado no início deste ano, que pretende reunir uma gama de opções de combate que muda conforme as ameaças. A análise está sendo conduzida em conjunto entre o Estado-Maior e o Escritório de Avaliação de Custos e Programas do Pentágono, e o TacAir servirá para moldar os orçamentos de 2022 e 2023.
Segundo estudos preliminares, com a redução a futura composição da linha de caça da USAF seria, obviamente, baseada no F-35, que é a “pedra angular” do sistema de superioridade Aérea de próxima geração. Além dos Lightning II, que hoje compõem a segunda maior frota na USAF, seriam mantidos os F-15EX, os F-16 (ou seu sucessores), além dos A-10, cuja aposentadoria está prevista para até 2030.
Sobre os F-22 e os F-15E, que não foram citados na palestra, a porta-voz Ann Stefanek, da USAF, disse que o General Brown pensa que esta frota é muito pequena, e no longo prazo será de difícil manutenção, especialmente quando ultrapassarem a marca de 25 anos de operação em 2030. Os F-22 provavelmente serão substituídos pelo futuro caça de superioridade aérea de sexta geração (NGAD).
Atualmente os F-22 estão em processo de modernização, portanto não há planos de aposentá-los no curto prazo. Este é um dos focos do TacAir, que irá apontar o momento certo para a retirada de serviço dos Raptor. Da mesma forma, o estudo aponta que o A-10 deverá operar até 2030, e que o substituto para os F-16 ainda é incerto, e poderá ser reposto por futuros lotes adicionais de F-35. Tudo ainda é suposição.
A ausência dos F-15E da lista, indica que essas aeronaves deverão ser aposentadas até 2030, quando terá a mesma idade estrutural da atual frota de F-15C/D. Os últimos F-15E foram adquiridos no final da década de 1990, e a maioria é muito mais antiga. Embora planejado para ser operado por um piloto, o F-15EX terá uma segunda cabine e todo o reforço estrutural do F-15E, além dos tanques de combustível conformados. A USAF poderá adquirir 144 F-15EX, com opção até 200 unidades.
A necessidade de redução de sete para quatro frotas, foi reforçada pelo Tenente-General David S. Nahom, subchefe de pessoal para planos e programas da USAF. Ele observou que a atual composição com os caças F-15C/D/E/EX, F-16, F-22, F-35 e A-10, necessariamente deverá ser reduzida, principalmente por conta dos elevados custos para manter uma enorme logística para todos eles.
As decisões sobre quais modelos e a quantidade de cada aeronave serão discutidas ao longo dos próximos anos. Segundo o General Brown, este não é um estudo para ser realizado imediatamente, mas em até oito anos a partir de agora.
“Você precisa começar a moldar o processo de pensamento e perceber que não posso fazer isso em um ano fiscal específico. É por isso que a colaboração do Congresso é tão importante. Tenho que apresentar isso com algumas análises e, em seguida, ter uma conversa sobre para onde estamos indo. Também exigirá uma conversa com a indústria”, ressaltou Brown.
Quanto às aeronaves não tripuladas, o Oficial-General antecipou que esses irão compor uma porção cada vez maior da força, nos próximos anos. Recentemente, a US Navy informou que em uma década, a maior parte da sua Aviação Naval será composta por aeronaves não tripuladas.
O TacAir ainda está realizando uma análise sobre como será composto o futuro esquadrão de caças, em termos de componentes tripulados e não tripulados. O resultado desses estudos irão conduzir às mudanças principalmente nos treinamentos das unidades. Agora é a hora de moldar essas forças futuras, afirmou o General Brown, para que os futuros líderes da USAF não olhem para trás e pensem que “eles já deveriam ter plantado essas sementes”.
@FFO