Lockheed Martin fornecerá mísseis AGM-88 e sistema anti-colisão para RoKAF. O Departamento de Defesa dos EUA (DoD) anunciou uma alteração contratual no valor de US$ 138 milhões, referente ao Programa Peace Phoenix Rising 2 (PPR2) da Força Aérea de Taiwan (ROCAF) e a Lockheed Martin. O contrato segue as regras do Programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS) dos EUA.
As revisões contratuais envolvem o desenvolvimento e a aplicação de recursos para o Sistema Automático de Prevenção de Colisão com o Solo (Auto GCAS), Míssil Antirradiação de Alta Velocidade AGM-88, melhorias na maturidade do software de radar, atualização do Sistema de Aquisição de Dados e Identificação Avançada de Amigo ou Inimigo, referente ao programa de retrofit dos caças Lockheed F-16C/D Block 32/52 (designados localmente KF-16).
De acordo com os termos do contrato, os trabalhos serão executados na unidade da Lockheed Martin, em Fort Worth, Texas, e em Taiwan, e tem a previsão de conclusão para o final de setembro de 2022.
O AGM-88 é um Míssil Antirradiação de Alta Velocidade (HARM), ar-superfície de médio alcance, projetado para destruir sistemas de radares de solo das defesas antiaéreas inimigas. Ele pode detectar e atacar um alvo com o mínimo de intervenção da tripulação, através de um sistema de orientação que analisa as transmissões eletrônicas dos radares inimigos. O motor de propelente sólido, sem fumaça, impulsiona o míssil a uma velocidade aproximada de Mach 1,80 a uma distância de cerca de 150 quilômetros.
Desenvolvido pela Lockheed Martin Skunk Works, o Laboratório de Pesquisa Conjunta da USAF e NASA, o Sistema Auto GCAS é projetado para reduzir acidentes do tipo CFIT (colisão contra o solo em voo controlado). De acordo com estatísticas da USAF, o CFIT é responsável por 26% das perdas de aeronaves e 75% das mortes de pilotos de F-16.
O Auto GCAS consiste em um conjunto complexo de algoritmos de prevenção, decisão e tomadas de ações autônomas, que envolvem a análise da navegação, desempenho da aeronave, entre outros dados sintéticos do terreno, que possam determinar uma iminente colisão com o terreno. Em caso de eventual colisão, o sistema comandará uma manobra de evasão autônoma – um roll to wing-level e + 5g pull – na última instância para prevenir o impacto no solo.
O Auto GCAS é executado em segundo plano e fornece proteção automaticamente se o piloto estiver distraído, saturado pela tarefa, incapacitado ou inconsciente. Nenhuma ação é exigida pelo piloto, embora o sistema tenha uma função de cancelamento manual.
A RoCAF pretende instalar o Auto GCAS na sua frota de F-16A/B, depois de um acidente fatal ocorrido em novembro do ano passado.
@FFO