Drone ScanEagle equipado com sistema de alerta de tráfego. A Insitu Pacific anunciou que concluiu com sucesso os voos de teste de um veículo aéreo não tripulado tático (UAV) ScanEagle, equipado com a tecnologia autônoma “Detect and Avoid” (DAA) desenvolvida em conjunto com a Boeing Austrália. Os testes foram finalizados no início deste mês de abril.
A solução DAA foi projetada e produzida na Austrália, e objetiva melhorar os intervalos de detecção entre um UAV e outros tráfegos aéreos, aumentando a capacidade de integrar com segurança o veículo não tripulado em diferentes classes de espaço aéreo.
O desenvolvimento do sistema DAA foi iniciado em 2019, e segundo Andrew Duggan, Diretor Administrativo da Insitu Pacific, o equipamento está pronto para iniciar as operações em cenários reais. Durante os testes finais, o DAA detectou tráfegos a uma distância superior a uma milha náutica, acima das requisições necessárias para uma manobra evasiva segura.
A nova tecnologia embarcada nos ScanEagle, fornece ao UAV capacidade de integração total com os órgãos de controle de tráfego aéreo, possibilitando a monitoração e separação segura entre o UAS e os tráfegos civis.
Foram realizados testes em espaço aéreo não segregado de Classe G, com o ScanEagle equipado com o DAA e um avançado sistema de processamento embarcado. Após a detecção de outra aeronave, prontamente o sistema alertou o operador do UAS para realizar uma manobra evasiva.
O ScanEagle irá equipar o recém criado 1º Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas de Esclarecimento (EsqdQE-1) da Marinha do Brasil (MB). A nova unidade será subordinada ao Comando da Força Aeronaval, com sede na cidade de São Pedro da Aldeia (RJ), e terá o propósito de contribuir com o processo decisório de planejamento e emprego do Poder Naval por meio de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP).
O Boeing Insitu ScanEagle é um veículo aéreo não tripulado (UAV) de pequeno porte, com 3,1 metros de envergadura, 1,5 metros de comprimento, 26 kg de peso máximo de decolagem, velocidade média de 50 nós (92 km/h), alcance aproximo de 100 km e autonomia de mais de 18 horas de voo. Está equipado com câmera eletro-óptica e/ou infravermelha estabilizada, sistema de comunicações, datalink criptografado, transponder mode C, entre outros. A versão naval adquirida pela Marinha, inclui um lançador compacto para operações embarcadas, estação de controle para operador/piloto e um sistema de recuperação autônomo do tipo captura SkyHook.