Um novo memorando de entendimento (MoU) assindo este mês pela Israel Aerospace Industries e grupo EDGE dos Emirados Árabes Unidos, buscará desenvolver soluções avançadas em sistemas contra aeronaves não tripuladas (C-UAS – Counter-Unmanned Aircraft System). O drone, antri-drone!
É o terceiro acordo entre as empresas. E este é muito importante pois visa tender a uma necessidade crescente dos países da região e do mercado como um todo: impedir as ameaças advindas de drones, em especial os kamikazes (suicídas).
A IAI já tem uma solução anti-drone, chamada de Drone Guard, feita em parceria com a sua subsidiária, a Elta. É semelhante aos sistemas de outros gigantes da indústria de defesa de Israel, como Drone Dome da Rafael Advanced Defense Systems.
Já a EDGE é uma empresa jovem e inovadora que lançou recentemente uma série de soluções na área de guerra eletrônica em um ritmo muito acelerado, através especialmente de sua subsidiária, SIGN4L. Esta capacidade vai somar muito com a IAI para criar a solução C-UAS sob medida.
As ameaças de drones estão crescendo rapidamente. O Comando Central dos EUA acredita que os drones comerciais, que se pode comprar em lojas ou empresas especializadas, são um grande problema emergente e sem uma solução rápida. Um exemplo disto foram vistas no confronto com o Estado Islâmico (ISIS) em Mosul, onde drones comerciais foram usados pelo grupo terrorista contra as forças da coalizão. Além disso, o Irã está constantemente construindo novos drones. Os Houthis apoiados pelo Irã usam drones diariamente contra a Arábia Saudita, muitos deles os mesmo usados em filmagens comerciais ou por diversão. E o Hezbollah e o Hamas são exemplos de outros grupos terrorista que empregam drones suicidas. O Hamas tem drones.
Drones podem ser abatidos com mísseis e armas e, também, bloqueados eletronicamente. Muitas empresas estão trabalhando em uma infinidade de soluções. No entanto, leva tempo para aprimorar a solução para uma ameaça que se disseminou rapidamente.
O combate aos drones é um bom lugar para a tecnologia de defesa israelense e dos Emirados Árabes Unidos começar, porque os sistemas são defensivos, não são controversos e não representam ameaças para outros países. Combater drones é um mundo diferente. Embora se possa usar mísseis caros para derrubá-los, artilharia, bloqueá-los e usar lasers, o uso de drones para atacar outros drones, parece ser muito mais barato, pois combate fogo contra fogo na mesma medida.
@CAS