O governo indiano planeja adquirir dos EUA, cerca de 30 aeronaves de combate não tripuladas (C-UAV) para reforçar as suas defesas marítimas e terrestres, uma vez que as tensões persistem com os seus vizinhos China e Paquistão. Porta-vozes do Ministério da Defesa da Índia e funcionários do Pentágono não comentam essas informações.
Conforme informações de fontes não-oficiais repassadas para Bloomberg, Nova Delhi deverá aprovar no próximo mês, um contrato de US $3 bilhões para aquisição das aeronaves de combate General Atomics MQ-9B Predator. A atual frota de drones indianos possuem apenas a capacidade para missões de vigilância e reconhecimento.
A Índia está emergindo como um parceiro estratégico de defesa dos EUA, especialmente para conter o crescimento militar da China na região do Oceano Índico e em algumas áreas do Sudeste Asiático. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi está passando por uma modernização militar que prevê o investimento de US $250 bilhões em uma década.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, deve visitar a Índia este mês, enquanto o Presidente Joe Biden deverá participar da primeira reunião do Grupo Quad (Quadrilateral Security Dialogue), que engloba a Índia, Japão e Austrália, e tem por objetivo manter um alinhamento estratégico para questões de segurança marítima na região Indo-Pacífico. Segundo um comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Índia, os líderes se reunirão virtualmente em 12 de março, para discutir questões como cadeias de abastecimento, segurança marítima e mudança climática.
O C-UAV MQ-9B Predator pode voar por cerca de 48 horas e carregar aproximadamente 1.700 kg de carga útil. A Marinha Indiana terá a sua capacidade melhorada para monitorar o tráfego de navios militares chineses no sul do Oceano Índico, além de oferecer ao Exército a capacidade de atacar alvos à longa distância na fronteira Índia-Paquistão, na região do Himalaia.
No ano passado, a Índia alugou dois MQ-9 desarmados para monitorar as movimentações na fronteira com a China, enquanto as tensões estavam aumentando e poderiam se transformar em um conflito real. Finalmente, por questões estratégicas os oficiais indianos decidiram abortar a missão, para evitar que tripulantes americanos voassem os drones sobre a fronteira.
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