Nos últimos 12 meses a Grécia tem ido ao mercado. Ela comprou caças Dassault Rafale da França, assinou um acordo de cooperação militar com a Índia e solicitou caças F-35 e e novas Fragatas aos Estados Unidos.
O motivo dessa necessidade de reamar-se é o conflito por petróleo e gás com a Turquia. Ambos os países têm ambições concorrentes quanto às reservas de gás e discordam profundamente sobre quem tem direitos sobre as áreas críticas do Mediterrâneo Oriental. Eles reivindicaram áreas sobrepostas, argumentando que pertencem às suas respectivas plataformas continentais. Isto tem gerado mais tensão, na já habitual fronteira tensa entre os dois países, que lutaram pela última vez em 1974, no Chipre.
Apesar das questões com os Rafales e as Fragatas estarem definidas, a questão da compra dos F-35A ainda não está. Fontes da Lockheed Martin, disseram que o tempo necessário para construir e desenvolver a estrutura para operar o F-35 seria de até cinco anos. Esse período significa que, apesar do desejo de Atenas de comprar o F-35 imediatamente, existe uma lacuna de tempo a ser preenchida. A estrutura em questão não é só física, com a construção de áreas para manutenção, operação e treinamento, mas também, a formação de pilotos, mecânicos e técnicos. Outro ponto em questão é da produção das aeronaves.
Apesar de se cogitar a venda de pelo menos oito aeronaves já prontas, que seriam vendidas a Turquia (TuAF) e, que, foram embargadas face a questão envolvendo o sistema de defesa antiaérea S-400, a Grécia teria que entrar na ‘fila’ de produção das demais aeronaves – ela almeja de 18 a 24 unidades. O ingresso na linha de produção, aliada aos atuais atrasos nas entregas, não devem permitir que os gregos recebam suas unidades antes de 2024.
A Hellenic Air Force (Força Aérea Grega) tem três tipos de caças – Lockheed Martin F-16 e os Dassault Mirage 2000 e Rafale F3, este último com 18 unidades encomendadas. Aproximadamente 150 F-16 estão em serviço, dos quais 84 são C/D Block 72 Viper, além de 40 Mirage 2000.
Hoje mais que se rearmar e elevar o moral dos gregos, o F-35 seria uma vitória política contra a Turquia e, em especial, contra o Presidente Turco Recep Erdogan. Mas aparentemente, isto talvez ainda demore mais cinco anos.
@CAS