A Direção Nacional da PRF está realizando o processo de centralização de todas as suas aeronaves na Capital Federal. A determinação foi comunicada em 08 de dezembro, através de ofício encaminhado para os Superintendentes Regionais de sete, dos onze estados que possuem bases do Subcomando de Suporte Aerotático (SSA) da PRF. Desta forma, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro terão desativadas as suas bases operacionais.
O ofício despachado para as sete bases, foi assinado pelo Coordenador-Geral do Comando Conjunto de Operações Especiais e pelo Diretor de Operações. O texto cita que que foram realizadas vistorias que apontaram falhas na cultura organizacional, treinamento e controle da atividade aérea, e que a centralização deverá sanar essas deficiências. O documento apresenta uma tabela com as datas previstas para desmobilização do efetivo e infraestruturas em sete das onze bases estaduais, sendo dezembro de 2020 PE, SC e BA; fevereiro de 2021 MS, PR e RS; e o RJ sem data definida.
A unidade aérea do PRF do Paraná, existente desde 2007, desativou os serviços em janeiro passado, antes do prazo previsto. O efetivo local estava composto por dois comandantes, quatro copilotos, quatro operadores aerotáticos e dez policiais. A partir de agora, a regional que necessitar de apoio aéreo, deverá solicitar mediante ofício para a direção do órgão em Brasília.
A medida é alvo de críticas entre os servidores federais que estavam alocados nas bases desativadas. Segundo informações, os funcionários estão sendo orientados a mudar para Brasília, ou se desejarem permanecer nos estados, retornar ao patrulhamento rodoviário terrestre. A desistência de alguns pilotos do serviço aéreo, teria forçado a PRF a lançar um edital para a formação de novos pilotos para trabalhar na Capital Federal.
O comando da PRF vem realizando alterações na estrutura das suas operações aéreas. A antiga DOA – Divisão de Operações Aéreas, foi desativada e no seu lugar foi criado o Subcomando de Suporte Aerotático, vinculado ao Comando de Operações Especiais.
As aeronaves passaram a receber uma nova camuflagem, em tom azul escuro, bastante diferente do tradicional azul, branco e amarelo similar às viaturas terrestres, anteriormente empregado nas aeronaves. A sigla “PRF” foi aplicada na cor branca, com fonte em estilo “militar”. Além das mudanças nas características externas da frota, os helicópteros adotarão códigos com nomes de estrelas e constelações, ao invés do antigo “Patrulheiro”. O objetivo das alterações visa reduzir a visibilidade da aeronave e torná-la mais conivente ao cenário aerotático empregado.
Em outubro do ano passado, o Bell 407, matrícula PT-YZG, foi a primeira aeronave a receber a nova camuflagem, e o código “Polaris 3”, no lugar do antigo “Patrulheiro 3”. A frota do SSA/PRF está composta por cinco Bell 407, três Airbus EC-120B, um Bell 412EP e um Cessna C-208B Grand Caravan. Recentemente a PRF divulgou que adquiriu seis novos helicópteros Leonardo AW119 Koala, que deverão substituir a Bell.
@FFO