Paquistão poderá substituir os clássicos Mirage III pelos chineses J-10C. Está circulando nas redes sociais, uma foto de uma maquete do caça chinês Chengdu J-10, nas dependências da Base Aérea de Masroor, da Força Aérea do Paquistão (PAF). O modelo da aeronave chinesa tem a camuflagem completa da PAF, e as marcas do 7º Esquadrão Tático de Ataque “Bandits”, além da matrícula fictícia 21-601.
A BA Masroor, em Karachi, é a casa dos “Bandits”, e essa maquete poderia ser um indício de que a PAF tenha finalmente decidido pelo sucessor dos deltas franceses. A Força Aérea do Paquistão é o último reduto operacional dos Dassault Mirage III, conhecidos no Brasil por sua operação no GDA – Grupo de Defesa Aérea, onde operaram entre 1972 e 2005. Atualmente o Paquistão opera aproximadamente 70 desses clássicos aviões de combate, em diversas versões diferentes.
Embora a ideia de adquirir o J-10 esteja nos planos do Governo do Paquistão há mais de uma década, ela foi interrompida com o projeto de produção conjunta com os chineses dos jatos JF-17. Entretanto, a chegada dos Rafales indianos, foi o estopim para que o Paquistão reabrisse o projeto J-10C. Esta informação foi divulgada pela própria mídia indiana, que recebeu detalhes de oficiais do governo, de que autoridades paquistanesas e chinesas haviam reiniciado as negociações envolvendo os J-10C e mísseis ar-ar de curto e longo alcance PL-10 e PL-15. Segundo essas fontes militares indianas, uma equipe de 13 funcionários paquistaneses foi à China em 22 de outubro para finalizar o negócio, que envolveria a compra de 50 jatos J-10CE.
O J-10CE (versão de exportação do J-10C) deverá neutralizar algumas das ameaças indianas e representar um desafio adicional para a Força Aérea Indiana (IAF). Acredita-se que os chineses J-10 tenham capacidades similares à jatos de geração 4.5, como os Rafale indianos.
Recentemente os J-10C participaram do exercício conjunto Paquistão-China “Shaheen-IX”, realizado na BA Bholari da PAF. Curiosamente os jatos chineses não tinham nenhuma marca ou matrícula da Força Aérea Popular Chinesa (PLAAF), enquanto os caças J-11BS estavam com pintura e marcas padronizadas. Os caças J-10C e J-11B atuaram como “inimigos”, simulando os Rafale e Su-30 indianos, respectivamente. Muitos aspectos do jato de combate de tamanho médio J-10C, são comparáveis ao Rafale, enquanto o jato de combate pesado J-11B tem aparência muito semelhante aos Su-30, embora sejam tecnologicamente superiores.
O monomotor supersônico Chengdu J-10C é impulsionado por um motor russo Saturn-Lyulka AL-31FN, que confere alto desempenho e manobrabilidade, está equipado com computador de controle de voo fly-by-wire, radar de combate AESA (Active Eletronically Scanned Array) de alta resolução. Está equipado com uma metralhadora Gryazev-Shipunov GSh-23 e tem onze hardpoints, sob as asas e fuselagem, que podem receber diversos modelos de míssses ar-ar e ar-superfície, além de bombas guiadas ou não.
@FFO