Na bagagem, a experiência de uma missão humanitária. No coração, a saudade da família e a certeza do dever cumprido. Sentimentos presentes no desembarque dos militares do Comando Militar do Planalto (CMP) do 9º Contingente da Força-Tarefa Logística Humanitária (Operação Acolhida). O grupo foi recepcionado por integrantes do CMP na Ala 1 – Base Aérea de Brasília, no início da tarde de 15 de janeiro.
Os 98 militares permaneceram cinco meses no norte do país, onde ofereceram apoio a famílias de refugiados e a migrantes oriundos da Venezuela. “Foi uma das melhores experiências que vivi até hoje: estar ali em prol do Brasil e de pessoas em situação de vulnerabilidade social. A saudade é inevitável, mas a missão foi cumprida com êxito”, afirmou emocionada a Tenente Fabiana Agueda Leite Amaral, da 11ª Região Militar.
Ao todo, mais de 200 militares formaram o 9º Contingente em ação integrada do Comando Militar do Oeste e do Comando Militar do Planalto. Além de realizar o ordenamento da fronteira e de abrigar famílias, o trabalho também se concentrou no suporte logístico à interiorização, considerada essencial para o sucesso da força-tarefa.
Sob a coordenação do Ministério da Defesa, militares do Exército atuam na Força-Tarefa Logística Humanitária com integrantes da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira. Também participam outros ministérios do governo federal, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), secretarias estaduais e municipais e mais de 100 entidades da sociedade civil.
De acordo com agências da ONU, o número de venezuelanos que deixaram o país ultrapassa 4 milhões de pessoas, e o Brasil seria o quinto destino mais procurado por eles. Para garantir atendimento humanitário e emergencial a esses migrantes e a refugiados na área de fronteira do estado de Roraima, principal porta de entrada da Venezuela no Brasil, o governo federal criou, em 2018, a Operação Acolhida.ara navegação e comunicação.
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